O Comitê de Política Monetária (Copom) voltou a apresentar um "cenário alternativo" de inflação, com a taxa Selic constante, pela primeira vez desde maio de 2023. No comunicado desta quarta-feira, 19, o colegiado informou que, sem novos cortes de juros, prevê que o IPCA ficaria em 3,1% no ano que vem, o horizonte relevante da política monetária.
A taxa prevista ainda supera o centro da meta, de 3%, mas está 0,3 ponto porcentual abaixo da projeção oficial do BC para o ano que vem, de 3,4%. No cenário referência, a autoridade monetária usa a trajetória de Selic embutida no relatório Focus, que considera juros em 10,5% no fim deste ano e em 9,5% no fim de 2025.
Hoje, os diretores do Copom decidiram, por unanimidade, manter a taxa Selic em 10,5% e anunciar uma "interrupção" no ciclo de cortes.
Em maio de 2023 - a última vez em que um cenário alternativo com juros estáveis foi apresentado em um comunicado -, a taxa Selic ainda estava em 13,75%, seu pico recente. O BC parou de apresentar essa variante já na reunião seguinte, de junho. E, no encontro posterior, de agosto, cortou a taxa Selic pela primeira vez, para 13,25%.
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