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BC cita crescimento, dólar e clima em carta

O forte crescimento da atividade econômica, a depreciação cambial e fatores climáticos foram os motivos para o descumprimento da meta de inflação em 2024, de acordo com carta divulgada nesta sexta-feira, 10, pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galíp

Cícero Cotrim e Giordanna Neves (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim e Giordanna Neves (via Agência Estado)
Publicado em 11.01.2025, 07:01:00 Editado em 11.01.2025, 07:10:27
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O forte crescimento da atividade econômica, a depreciação cambial e fatores climáticos foram os motivos para o descumprimento da meta de inflação em 2024, de acordo com carta divulgada nesta sexta-feira, 10, pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Citando um "contexto de expectativas de inflação desancoradas e inércia da inflação do ano passado", o texto cita ainda que "a percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal afetou significativamente os preços de ativos e as expectativas".

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A depreciação de 24,5% do real ante o dólar em 2024, segundo o texto, foi o fator que mais contribuiu para que a inflação superasse o teto da meta. E essa depreciação teria decorrido principalmente de fatores domésticos.

"O fato de o real ter sido a moeda de maior depreciação em 2024, considerando seus pares ao nível internacional e os países avançados, sugere que fatores domésticos e específicos do Brasil tiveram papel expressivo nesse movimento cambial", escreveu Galípolo, observando que os efeitos diretos e indiretos do repasse cambial ainda devem se efetivar neste ano.

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No documento, Galípolo cita ainda que, de acordo com as projeções do cenário de referência do Relatório de Inflação de dezembro, a inflação ficará acima do teto da meta (de 4,5%) até o terceiro trimestre deste ano, entrando depois em trajetória de declínio, mas ainda permanecendo acima da meta de 3%.

Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, o texto ignorou o que seria o cerne da questão: a política fiscal. "Ela (política fiscal) foi o centro da pressão de demanda e da depreciação do câmbio. Mas não esperava de fato que a questão fiscal fosse entrar. Veremos muito pouco disso nos documentos do BC nos próximos", criticou ele. (COLABOROU EDUARDO LAGUNA)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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