O Banco Central brasileiro caiu de segundo para sexto lugar no Green Central Banking Scorecard, levantamento que mede o quão ambientalmente corretos são os BCs, tendo por base as 20 maiores economias do globo (G20). Em relatório divulgado este mês pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), a avaliação foi a de que houve "progresso relativamente lento" na implantação dos compromissos formais da instituição doméstica.
O ranking avalia pontos relacionados aos temas pesquisa e legislação (o BC brasileiro teve 10 pontos num total de 10), política monetária (18 de 50), política financeira (18 de 50) e liderança pelo exemplo (7 de 20). O País conta, assim, com 53 pontos de um total de 130, recebendo nota C. Apesar de ter caído na tabela geral de 2022, melhorou a pontuação, já que na anterior alcançou 51.
Na primeira colocação pelo segundo ano consecutivo está o BC francês, com 70 pontos. No segundo lugar agora está o italiano, que ficou em sexta posição no ranking de 2021 - trocou de colocação com o Brasil. A Alemanha subiu para terceiro lugar (estava em sétimo), a União Europeia se manteve em quarto, e o Reino Unido permaneceu em quinto. Empatado com o Brasil em sexto está a China, que também recuou este ano - estava em terceiro.
A primazia europeia não é surpresa, já que o continente é visto como um dos que mais têm atuado em questões relacionadas ao clima. O BC brasileiro, porém, tem aproveitado essa liderança de outros países para aprender com seus erros e acertos antes de aplicar medidas mais duras aqui, já que a avaliação é a de que se torna mais custoso recuar ou mudar regras depois de serem implantadas.
Greve
Especificamente este ano, o BC doméstico teve dificuldades particulares por causa da greve de servidores, que atrasou divulgações e trabalhos internos. O segundo relatório de sustentabilidade, por exemplo, será publicado com atraso, apenas no mês que vem.
Um dos avanços de 2022 foi a inserção do Brasil no comitê executivo da Rede de Bancos Centrais e Supervisores para tornar mais Verde o Sistema Financeiro (NGFS, na sigla em inglês). O País já fazia parte do grupo, mas agora é um dos membros com poder de decisão.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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