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BC: apetite a risco por crédito para PJ e PF tem se reduzido; ambiente ainda demanda atenção

O Banco Central avaliou que o apetite ao risco das instituições financeiras na concessão de crédito às famílias e às empresas no Brasil tem se reduzido, mas o ambiente ainda demanda atenção. A análise foi divulgada nesta quarta-feira, 31, por meio da ata

Célia Froufe (via Agência Estado)

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Escrito por Célia Froufe (via Agência Estado)
Publicado em 31.05.2023, 08:46:00 Editado em 31.05.2023, 08:49:50
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O Banco Central avaliou que o apetite ao risco das instituições financeiras na concessão de crédito às famílias e às empresas no Brasil tem se reduzido, mas o ambiente ainda demanda atenção. A análise foi divulgada nesta quarta-feira, 31, por meio da ata do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) realizada na semana passada. No documento anterior, referente à reunião de março, a autoridade monetária havia feito a primeira avaliação sobre os impactos da crise dos bancos nos Estados Unidos para o sistema financeiro nacional e da turbulência gerada pela Americanas na área de crédito.

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Em relação ao crédito para as famílias, o BC identificou que há uma desaceleração no ritmo de crescimento nas modalidades mais arriscadas, como cartão de crédito e crédito não-consignado. "Na margem, observa-se maior conservadorismo nos critérios das novas concessões", trouxe a ata. O Comef ressaltou que o comprometimento de renda e o endividamento permanecem em níveis historicamente elevados e a materialização de risco supera a do período da pandemia.

Com relação às empresas, houve desaceleração no ritmo de crescimento do crédito, mas o comitê salientou que não se percebe alteração relevante nos critérios de concessão. "O Comef avalia que é importante os intermediários financeiros continuarem preservando a qualidade das concessões, levando em conta, notadamente, a exposição total dos seus clientes junto ao SFN", trouxe a ata, citando o Sistema Financeiro Nacional.

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O BC comentou também que persiste a aversão ao risco no mercado de títulos de dívida corporativa no País. "Eventos ocorridos no início do ano, aliados a condições financeiras mais restritivas, afetaram todo o mercado, e seus efeitos ainda não se dissiparam", destacou o documento. O volume de emissões e os prazos se reduziram, conforme a ata, e os spreads aumentaram. "O Comef segue acompanhando a evolução do mercado de crédito privado e está pronto para atuar em caso de disfuncionalidade."

Na semana passada, o Comef manteve o Adicional Contracíclico de Capital Principal relativo ao Brasil (ACCPBrasil) em zero. O ACCPBrasil é uma parcela do capital a ser acumulada na expansão do ciclo de crédito e consumida em sua contração. O instrumento trata o risco sistêmico cíclico do crédito e dos preços dos ativos.

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