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Batalha contra inflação não está ganha e há parte ainda bastante acima da meta, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a dizer que a batalha da inflação no País ainda não está ganha, com uma parte ainda bastante acima da meta, o que ainda demanda um quadro restritivo de juros em meio ao processo de afrouxamento mo

Célia Froufe e Thaís Barcellos (via Agência Estado)

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Escrito por Célia Froufe e Thaís Barcellos (via Agência Estado)
Publicado em 25.08.2023, 11:27:00 Editado em 25.08.2023, 11:31:16
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a dizer que a batalha da inflação no País ainda não está ganha, com uma parte ainda bastante acima da meta, o que ainda demanda um quadro restritivo de juros em meio ao processo de afrouxamento monetário. Campos Neto, porém, não deu dicas sobre o quão restritiva terá de ser a política monetária para controlar a inflação. "Vai depender do caminho que vamos tomar e das variáveis até lá", disse, em entrevista gravada ao Amarelas on Air, da

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. Nesse sentido, Campos Neto afirmou que há consenso no Comitê de Política Monetária (Copom) para continuidade de cortes de 0,50 ponto porcentual na taxa Selic. No início do mês, o Copom decidiu pela primeira queda dos juros de 13,75% para 13,25% ao ano. Campos Neto citou que a parte de serviços da inflação está melhor, mas não como o Copom gostaria. "E a expectativa de inflação está em 3,5% quando a meta é 3%." Na entrevista, questionado sobre uma percepção de que o BC demorou a reduzir os juros, Campos Neto disse ter dificuldade em ver que a autoridade monetária tenha demorado para apertar ou para afrouxar a política monetária. "Foi o primeiro BC a subir os juros e um dos primeiros a cair também", disse, repetindo que a autarquia teve visão privilegiada sobre a persistência da inflação após a pandemia de covid-19. "Percepção de outros BCs é de que BC aqui foi rápido e forte, mesmo em ano de eleição", completou, reforçando o argumento de autonomia da instituição.

China e EUA

O presidente do Banco Central destacou as mudanças recentes no cenário internacional, com mais preocupações com o quadro da China e dos Estados Unidos, na entrevista ao Amarelas on Air, da

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. Segundo ele, duas coisas principais ocorreram: um temor maior com o panorama fiscal dos EUA e a deflação na China, que reforça a expectativa de desaceleração da economia do país asiático. "O fiscal dos EUA, que está bastante expansivo, começou a cobrar seu preço. Houve o alerta da Fitch sobre a dívida americana e depois houve um pouco de mau humor dos mercados. Na China, houve um dado de deflação totalmente inesperado e parece que a economia está desacelerando. Os dados de envelhecimento da população mostram que está muito mais acelerado do que se imaginava." Campos Neto avaliou que a China não tem tanto espaço para corte de juros e que os movimentos já feitos "não fazem tanta diferença assim". Além disso, destacou que a crise no setor imobiliário chinês parece mais grave do que o esperado. "A China não faz parte dessa sincronia global da política monetária, eles têm mundo à parte. Subiram os juros quando quase todo mundo estava caindo e agora estão caindo quando grande parte do mundo desenvolvido ainda está subindo."

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