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Barômetros Globais caem em março, diz FGV; sinais são de desaceleração mais forte

Os Barômetros Globais recuam mais intensamente em março, refletindo em parte o processo de normalização da economia mundial no início de 2022, mas o afastamento do indicador antecedente do nível médio histórico de 100 pontos, índice que emite um sinal cíc

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.03.2022, 12:03:00 Editado em 10.03.2022, 12:07:47
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Os Barômetros Globais recuam mais intensamente em março, refletindo em parte o processo de normalização da economia mundial no início de 2022, mas o afastamento do indicador antecedente do nível médio histórico de 100 pontos, índice que emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais, pode ser um primeiro sinal da possibilidade de uma desaceleração mais forte nos próximos meses do que a anteriormente prevista, informa o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

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O Barômetro Econômico Global Antecedente recua 2,7 pontos, para 96,4 pontos, menor nível desde julho de 2020 (80,8 pontos). Já o Barômetro Econômico Global Coincidente, que reflete o estado atual da atividade econômica, cai 3,3 pontos em março, para 103,9 pontos, menor nível desde março do ano passado (100,9 pontos).

"O resultado de ambos os Barômetros foi fortemente influenciado pela região da Ásia, Pacífico & África. Os dados nos quais os Barômetros se baseiam até o momento são principalmente relativos ao período anterior à guerra na Ucrânia. Portanto, esta guerra e a nova escalada econômica, incluindo aumentos de preços para energia e commodities, só devem ter influenciado os resultados atuais de forma muito limitada", informa o Ibre da FGV.

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Fruto de uma colaboração entre o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique, na Suíça, e o FGV Ibre, os Barômetros já identificavam alta de preços com o fim do isolamento social, trazido pela pandemia do covid-19. Com a guerra, essa percepção deve ser ainda mais elevada.

"O impacto imediato do conflito na Ucrânia já se fez sentir em aumentos adicionais de preços das principais commodities, elevando significativamente a incerteza sobre a evolução da atividade econômica ao longo de todos os setores e regiões.", avalia Paulo Picchetti, pesquisador do Ibre da FGV.

De acordo com a FGV, em março, a região da Ásia, Pacífico & África contribui com 3 pontos (ou 93%) para a queda do Barômetro Coincidente Global. O indicador do Hemisfério Ocidental contribui com 0,3 ponto, enquanto o da Europa ficou estável no mês. O indicador desta região, na faixa dos 112 pontos, continua sendo o maior entre as três regiões.

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Quatro dos cinco indicadores setoriais coincidentes recuaram no mês, com destaque para a Indústria e a Construção, que cederam quase 7 pontos na margem. No sentido oposto, o indicador do Comércio registra a maior alta desde maio de 2021. Com o resultado, o indicador está acima dos 117 pontos e tem o maior nível entre os indicadores setoriais.

O Barômetro Global Antecedente antecipa os ciclos das taxas de crescimento mundial em três a seis meses. A região da Ásia, Pacífico & África é a única a contribuir negativamente para a evolução do Barômetro Antecedente em março de 2022, com -4,1 pontos. O Hemisfério Ocidental contribui positivamente com 0,9 ponto, seguida da Europa, com 0,5 ponto.

Em março de 2022, houve queda em todos os indicadores antecedentes setoriais, exceto na Indústria. A Construção registra o menor nível desde julho de 2020 (77,9 pontos), enquanto o setor de Serviços situa-se no extremo oposto, com um indicador acima dos 100 pontos.

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