MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Barclays prevê menor crescimento de China e EUA e prevê alta global de 2,9%

O Barclays reduziu as previsões de crescimento de China, Estados Unidos e, consequentemente, para a economia global em 2022, após novos dados considerados fracos.Diante da divulgação de novos indicadores econômicos e de recentes declarações de autoridades

Luciana Collet (via Agência Estado)

·
Escrito por Luciana Collet (via Agência Estado)
Publicado em 28.05.2022, 15:04:00 Editado em 28.05.2022, 15:10:41
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O Barclays reduziu as previsões de crescimento de China, Estados Unidos e, consequentemente, para a economia global em 2022, após novos dados considerados fracos.

continua após publicidade

Diante da divulgação de novos indicadores econômicos e de recentes declarações de autoridades internacionais, o banco passou a estimar um crescimento de 3,3% para a China e de 3% para os EUA neste ano, o que levou a projeção de crescimento global a 2,9%.

"As revisões desta semana reduzem nosso número de crescimento global agregado para 2,9%. Isso se compara a uma média de 3,5% nos últimos 20 anos e foi o número de crescimento global registrado pela última vez em 2008. Ao contrário de 2008, no entanto, quando a China foi o principal suporte do crescimento global, o país agora é a principal razão para o crescimento global abaixo de 3%", explicou o banco.

continua após publicidade

O Barclays chamou a atenção para a divulgação, pela China, de um conjunto de dados referentes a abril significativamente mais fracos do que o esperado, o que significou que o país entrou no pior cenário estimado pelo banco, acarretando uma redução de 1 ponto porcentual na estimativa de crescimento para 2022.

Adicionalmente, na visão da instituição, com a política de tolerância zero para covid permanecendo em vigor, o impulso de crescimento provavelmente permanecerá limitado. Cenários de crescimento até abaixo de 3% não seriam mais "irrealistas", diz a instituição.

Encontro de Davos foi sombrio

continua após publicidade

O banco também chamou a atenção para os temas que dominaram as discussões em Davos nesta semana: recessão, taxas de juros e Rússia. "Alguns veteranos do WEF (Fórum Econômico Mundial, na sigla em inglês) também afirmam que o encontro deste ano foi o mais sombrio desde o do inverno de 2009, no meio da GFC (Crise Financeira Global)", afirmou o Barclays, em relatório.

Para a instituição, as reuniões de primavera do FMI-Banco Mundial, no início de abril, também tiveram um ambiente sombrio semelhante.

O banco afirmou em seu relatório que, embora investidores possam apontar que esses momentos de desespero coletivo das elites globais muitas vezes são bons indicadores para os mercados - uma vez que no início de março de 2009 os mercados de ações atingiram o fundo e se seguiu um boom nos preços dos ativos -, a estabilização nos mercados observada esta semana seria um "provável alívio temporário".

continua após publicidade

"(Há) poucas razões para esperar uma reviravolta mais duradoura ao considerar os riscos de recessão e os desenvolvimentos geopolíticos em torno da Rússia", avaliou.

O Barclays considera que as ações e comunicações dos principais bancos centrais reforçaram as posições políticas existentes, como a sinalização, pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA, de nova alta da taxa básica de juros e um foco no restabelecimento da estabilidade de preços.

continua após publicidade

O movimento também deve ser visto pelo Banco Central Europeu (BCE), com indicação da presidente da instituição, Christine Lagarde, de alta da taxa nos próximos dois meses, diante das impressões de inflação persistentemente alta.

O banco cita ainda a confirmação de aumento nas taxas da Coreia do Sul e da Nova Zelândia, e a surpresa com a adoção da mesma medida por Israel. "E esperamos mais altas na próxima semana", disse, citando Hungria e Canadá.

Tensões com Rússia e Ucrânia permancem altas

Além dos dados econômicos, o Barclays salienta que as tensões geopolíticas permanecem altas, em especial em torno da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Segundo o banco, os preços crescentes da energia, o risco de interrupção do fornecimento de gás na Europa, a iminente crise global de alimentos e a queda relacionada no sentimento do consumidor podem aliviar significativamente e iluminar as perspectivas globais, se uma solução para a guerra Rússia-Ucrânia for encontrada.

No entanto, na visão do banco, as reuniões em Davos não trouxeram nenhuma notícia animadora. "Embora a situação militar no terreno pareça ter chegado a um impasse, com as tropas russas conquistando alguns ganhos em Donbass, ainda parece não haver perspectivas de uma paz negociada. Da mesma forma, os esforços para encontrar maneiras de exportar trigo ucraniano através do Mar Negro parecem não ter ido a lugar nenhum", disse.

Além disso, o banco avalia que os esforços do Ocidente para isolar a Rússia globalmente também estão fazendo apenas progressos limitados.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Barclays prevê menor crescimento de China e EUA e prevê alta global de 2,9%"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!