O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Aloizio Mercadante, se disse otimista com o segundo semestre do ano, após o primeiro período de 2023 ter sido de reconstrução. Ele afirmou que o Brasil não pode perder mais tempo para se reindustrializar, e que pretende tirar do papel mais projetos até o final do ano, depois de a carteira de projetos do banco ter crescido 209% de janeiro a junho.
"Há um gigantesco interesse em investir no Brasil. E o BNDES está trabalhando intensamente para processar essas informações e buscar construir caminhos que aceleram esses investimentos", disse durante participação virtual no seminário promovido pelo banco sobre Infraestrutura e Transição Climática.
Os desembolsos do BNDES, segundo o executivo, subiram 21% no primeiro semestre, e os financiamentos até junho já ultrapassaram tudo o que foi emprestado pelo banco no ano passado. "Temos uma expectativa muito promissora para o segundo semestre", afirmou.
Segundo ele, as perspectivas para aumentar os recursos do banco (funding) também estão bem encaminhadas, com o aumento do apoio de órgãos internacionais, impulsionados pela volta do Brasil aos holofotes mundiais. "Abrimos grande apoio internacional com os Brics, bancos asiáticos, principalmente da China, BID, Banco Mundial, o alemão KFW, entre outros", enumerou.
De acordo com Mercadante, diante da alta taxa de juros do País (Selic), o banco vem construindo alternativas de financiamento, e deu como exemplo a criação de uma linha de crédito em dólar, indexada ao câmbio, para setores que têm recebíveis na moeda norte-americana. "É um instrumento muito importante para indústria e empresas exportadoras", disse na sua apresentação.
Mercadante disse ainda que o Brasil tem tudo para liderar a transição energética, e isso também irá se reverter em mais crédito para o País no mundo.
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