Como uma resposta às críticas que vem recebendo do governo de olhar apenas para a inflação e não cuidar de seus objetivos relacionados à atividade, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçou que a harmonia entre as políticas monetária e fiscal reduz distorções, diminui a incerteza, facilita o processo de desinflação e fomenta o pleno emprego ao longo do tempo. O recado foi passado por meio da ata do último encontro do colegiado, divulgada nesta terça-feira, 28.
"Nesse aspecto, o Comitê reforça a importância de que a concessão de crédito, público e privado, se mantenha com taxas competitivas e sensíveis à taxa básica de juros", enfatizaram os diretores no parágrafo 25.
A ata comentou que as alterações nas projeções de inflação do Copom seguem sendo primordialmente afetadas pelas alterações nas expectativas, como já ocorreu na última reunião. Sobre o balanço de riscos, o documento relatou que o maior debate se deu, de um lado, entre uma maior desancoragem das expectativas de inflação para prazos mais longos e, de outro lado, uma redução mais abrupta da concessão de crédito doméstica ou global impactando a atividade econômica.
"O Copom enfatizou que a execução da política monetária, neste momento, requer serenidade e paciência para incorporar as defasagens inerentes ao controle da inflação através da taxa de juros e, assim, atingir os objetivos no horizonte relevante de política monetária."
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