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Ata: cenário atual já não prescreve um grau de estímulo extraordinário

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçou nesta terça-feira, na ata de seu último encontro, que o cenário atual já não prescreve um grau de estímulo extraordinário. O colegiado elevou na semana passada a Selic (a taxa básica de juro

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.03.2021, 08:43:00 Editado em 23.03.2021, 08:46:58
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçou nesta terça-feira, na ata de seu último encontro, que o cenário atual já não prescreve um grau de estímulo extraordinário. O colegiado elevou na semana passada a Selic (a taxa básica de juros) em 0,75 ponto porcentual, para 2,75% ao ano. Desde agosto do ano passado, a taxa estava estacionada em 2,00% ao ano - o menor nível da história.

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"O PIB encerrou 2020 com crescimento forte na margem, recuperando a maior parte da queda observada no primeiro semestre, e as expectativas de inflação passaram a se situar acima da meta no horizonte relevante de política monetária. Adicionalmente, houve elevação das projeções de inflação para níveis próximos ao limite superior da meta em 2021", argumentou o colegiado.

Como já constou no comunicado da decisão, o BC repete na ata que o Copom decidiu iniciar um processo de normalização parcial, reduzindo o grau extraordinário do estímulo monetário. Embora a alta nos juros fosse dada como certa pelo mercado, a maior parte dos analistas esperava uma elevação menor, de 0,50 p.p. na reunião da semana passada.

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Na avaliação do Copom, no entanto, uma estratégia de ajuste mais célere do grau de estímulo tem como benefício reduzir a probabilidade de não cumprimento da meta para a inflação deste ano, assim como manter a ancoragem das expectativas para horizontes mais longos. A ata reitera que essa estratégia é compatível com o cumprimento da meta em 2022, mesmo em um cenário de aumento temporário do isolamento social.

Para a próxima reunião, nos dias 4 e 5 de maio o Copom já adiantou que pretende elevar a Selic novamente em 0,75 p.p., para 3,50% ao ano - a menos que ocorra uma mudança significativa nas projeções de inflação ou no balanço de riscos. "O Copom ressalta que essa visão para a próxima reunião continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, e das projeções e expectativas de inflação", completou a ata.

Riscos fiscais elevados

Em meio a um cenário de inflação já em alta, o Copom avaliou que os riscos fiscais de curto prazo seguem elevados devido ao agravamento da pandemia de coronavírus, o que coloca um viés de alta nas projeções de autoridade monetária para o IPCA e demais indicadores de preços. A explicação consta da ata da reunião do Copom da quarta-feira passada, divulgada nesta manhã.

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