O Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou, por meio da ata da sua última reunião, que eventuais ajustes futuros na Selic serão ditados pelo "firme compromisso de convergência da inflação à meta." O colegiado interrompeu o ciclo de cortes na semana passada, mantendo a taxa básica de juros em 10,5%, em uma decisão unânime.
"O comitê avaliou que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", diz a ata, divulgada nesta terça-feira, 25, pelo Banco Central.
Segundo o Copom, o comportamento do mercado de trabalho e da atividade doméstica têm surpreendido e divergido da desaceleração esperada. Isso é verdade especialmente para consumo das famílias, disse o comitê. Além disso, o aumento das expectativas de inflação também é um fator de preocupação.
"Houve nova elevação das projeções de inflação tanto para 2024 quanto para 2025, não obstante a elevação do condicionante de taxa Selic retirado da pesquisa Focus. De forma análoga, as expectativas de inflação apresentaram desancoragem adicional desde a reunião anterior", destacou o comitê.
O Copom repetiu que o cenário externo se mantém adverso, devido à avaliação, no mercado, de que os juros dos países desenvolvidos continuarão altos por mais tempo.
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