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Ata: ajustes futuros na Selic serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação

O Comitê de Política Monetária (Copom) repetiu, na ata a sua mais recente decisão, que os próximos ajustes na Selic e a magnitude total do ciclo de aumento dos juros serão determinados pelo seu "firme compromisso de convergência da inflação à meta", assim

Cícero Cotrim e Célia Froufe (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim e Célia Froufe (via Agência Estado)
Publicado em 24.09.2024, 08:09:00 Editado em 24.09.2024, 08:15:39
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O Comitê de Política Monetária (Copom) repetiu, na ata a sua mais recente decisão, que os próximos ajustes na Selic e a magnitude total do ciclo de aumento dos juros serão determinados pelo seu "firme compromisso de convergência da inflação à meta", assim como já constava no comunicado da última quarta-feira, 18. O documento foi divulgado nesta terça-feira, 24, pelo Banco Central e detalha o que levou a cúpula da instituição a realizar o primeiro aumento da taxa no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

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"O cenário, marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, demanda uma política monetária mais contracionista", diz a ata do Copom, repetindo o mesmo texto usado no comunicado.

Na semana passada, o colegiado aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, de 10,5% para 10,75% ao ano. Ontem, o relatório Focus mostrou que o mercado voltou a aumentar as projeções para o aperto monetário, passando a estimar elevação da taxa Selic até 11,75% ao ano em janeiro de 2025, com altas de 0,25 a 0,5 ponto porcentual nas três próximas reuniões. Mesmo assim, as expectativas de inflação também voltaram a aumentar.

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Na ata, o Comitê repetiu que os próximos ajustes na taxa Selic dependerão, também, "da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos".

O BC também trouxe novamente as mesmas projeções de inflação que já constavam no comunicado. A estimativa para o IPCA acumulado em quatro trimestres no primeiro trimestre de 2026 - o horizonte relevante da política monetária - é de 3,50% no cenário de referência, com a trajetória de juros extraída do Focus (até 13 de setembro) e dólar partindo de R$ 5,60 e evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC). Essa estimativa considera uma alta de 3,90% para os preços administrados e de 3,40% para os livres.

A autoridade monetária espera que o IPCA feche 2024 em 4,30%, com alta de 4,20% para os preços administrados e de 4,40% para os livres, e desacelere a 3,70% no ano que vem, considerando uma taxa de 4,0% para os preços administrados e de 3,60% para os livres. O BC repetiu a tabela inaugurada no comunicado recente.

As projeções do BC para a inflação de todos os anos estão abaixo das medianas do mercado, que indicam inflação de 4,37% em 2024, 3,97% em 2025 e 3,88% nos 12 meses encerrados em março de 2026, conforme o relatório Focus.

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