MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Assistentes virtuais de diferentes marcas combatem o machismo

Se brincadeira machista não tem graça no mundo real, provocar assistentes virtuais com comentários impertinentes também se tornou inaceitável. Na semana passada, a assistente virtual Bia, do Bradesco, ganhou um novo cardápio de respostas para usuários que

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.04.2021, 08:03:00 Editado em 12.04.2021, 08:08:11
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Se brincadeira machista não tem graça no mundo real, provocar assistentes virtuais com comentários impertinentes também se tornou inaceitável. Na semana passada, a assistente virtual Bia, do Bradesco, ganhou um novo cardápio de respostas para usuários que fazem perguntas de cunho sexual ou machista.

continua após publicidade

Segundo o Bradesco, a Bia recebeu 95 mil mensagens ofensivas em 2020. Uma nova campanha do banco, criada pela agência Publicis Brasil, que entrou no ar na semana passada, retrata dois exemplos: "Bia, sua imbecil" e "Bia, eu quero uma foto sua agora". Porém, segundo Glaucimar Peticov, diretora executiva do banco, há sugestões bem piores.

Antes da Bia, a Lu, assistente virtual do Magazine Luiza, já havia sido programada, ainda em 2018, para dar respostas mais contundentes ao assédio. "A Lu recebe com frequência mensagens desagradáveis. São ofensas e mensagens de cunho sexual e de péssimo gosto", diz Ana Luiza Herzog, gerente de reputação da varejista.

continua após publicidade

A questão é não é nova. Por isso, em 2020, a Unesco lançou a campanha #HeyUpdateMyVoice ("Ei, atualize minha voz"), para que mulheres gravassem respostas às ofensas sofridas por assistentes virtuais. A Unesco orientou que as assistentes respondessem de forma mais contundente.

É o que agora vai ocorrer com a Bia: antes, diante de uma pergunta ofensiva, ela dizia não ter entendido. Agora, será incisiva, afirmando, por exemplo, que certos comportamentos não são adequadas nem com uma pessoa nem com uma inteligência artificial. "Esperamos uma mudança de comportamento", diz a diretora do Bradesco.

Mas há assistentes programadas para o silêncio. "Acreditamos que a Alexa não deve encorajar interações inapropriadas. Por uma decisão intencional de produto, quando alguém fala algo impróprio para a Alexa, ela não se manifesta ou responde", diz a Amazon. Para a empresa, a personagem não tem gênero.

continua após publicidade

Para o professor de direito digital da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marcelo Chiavassa, a discussão sobre assédio começa na identidade feminina dos robôs. "Estudos que indicam que a voz feminina gera mais empatia, mas essa escolha reflete uma sociedade que associa a figura feminina à posição de servir", ressalta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Assistentes virtuais de diferentes marcas combatem o machismo"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!