A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 172,038 bilhões em novembro. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 3,25% na comparação com novembro do ano passado, quando o recolhimento de tributos somou R$ 157,304 bilhões.
O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de novembro desde 2013, quando somou R$ 191,494 bilhões, em valores corrigidos pelo IPCA. Em relação a outubro deste ano, porém, houve queda real de 16,62% na arrecadação.
O resultado das receitas veio dentro do intervalo de expectativas das instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, que ia de R$ 167,50 bilhões a R$ 189,10 bilhões, e um pouco abaixo da mediana, que era de R$ 174,10 bilhões.
O Fisco apontou o crescimento real de 15,16% da arrecadação do IRPJ/CSLL em novembro, com destaque para a arrecadação da estimativa mensal aumentou 19,27%. Também houve alta real de 59,88% na arrecadação do IRRF cobre Capital, em razão da apreciação da taxa Selic.
Por outro lado, as reduções de alíquotas do IPI, além do PIS/Cofins e CIDE sobre combustíveis, diminuíram o recolhimento nessas fontes. As desonerações totais concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 107,334 bilhões entre janeiro e novembro deste ano, valor bem maior do que em igual período de 2021, quando ficaram em R$ 65,950 bilhões. Apenas no mês passado, as desonerações totalizaram R$ 11,742 bilhões, mais que o dobro do registrado em novembro do ano passado (R$ 5,634 bilhões).
No acumulado do ano até novembro, a arrecadação federal somou R$ 2,008 trilhões, o maior volume para o período da série histórica iniciada em 1995. O montante ainda representa um avanço real de 8,80% na comparação com os primeiros onze meses de 2021.
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