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Argentina justifica demora em negociação com FMI e diz buscar acordo

A Argentina justificou nesta quinta-feira, 13, a demora para firmar um acordo que flexibilize o processo de reestruturação da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A porta-voz da presidência, Gabriela Cerruti, explicou que o governo busca um e

André Marinho (via Agência Estado)

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Escrito por André Marinho (via Agência Estado)
Publicado em 13.07.2023, 13:51:00 Editado em 13.07.2023, 13:55:42
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A Argentina justificou nesta quinta-feira, 13, a demora para firmar um acordo que flexibilize o processo de reestruturação da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A porta-voz da presidência, Gabriela Cerruti, explicou que o governo busca um entendimento que não resulte em prejuízos ao crescimento econômico do país latino-americano.

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Em entrevista coletiva, Cerruti informou que a equipe do Ministério da Economia segue em negociações e tenta convencer o Fundo das "características especiais" da região. Uma comitiva viajou a Washington para acelerar as conversas, mas houve progressos limitados. "As discussões vão demorar o que tiverem que demorar para que os interesses argentinos sejam preservados", ressaltou.

O objetivo de Buenos Aires é conseguir mudanças no acordo que reestruturou uma dívida de cerca de US$ 45 bilhões contraída em 2018 na gestão do ex-presidente Mauricio Macri. Firmado no ano passado, o pacto prevê desembolsos periódicos de dólares condicionados a metas macroeconômicas, que incluem a redução do déficit fiscal.

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Os argentinos alegam que os termos se tornaram inviáveis por conta de uma seca histórica que atingiu o norte do país neste ano. O fenômeno agravou a já descontrolada espiral inflacionária e reduziu dramaticamente as reservas de dólares. Neste cenário de dúvidas, o dólar blue superou a marca de 500 pesos argentinos no câmbio paralelo e renovou máxima histórica hoje.

Por volta das 16h (horário de Brasília), será divulgada a leitura de junho da inflação ao consumidor argentina. Em maio, o indicador saltou à taxa anual de 114%, uma das maiores do mundo. De acordo com a porta-voz, a expectativa é de que o dado mostre uma desaceleração dos preços. "Estaríamos diante de uma tendência de baixa", comentou.

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