O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou nesta terça-feira, 18, que espera um acordo para flexibilizar o programa de reestruturação da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda esta semana.
Em entrevista à Bloomberg TV, às margens da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia (UE), Fernández ressaltou que Buenos Aires cumpriu todas as metas estabelecidas pelo FMI em 2022.
No entanto, a seca histórica que atingiu o norte do país no começo deste ano dificultou o processo, de acordo com ele. "O programa tem que ser revisado, porque não pode ser cumprido como foi pensado", argumentou.
Fernández relatou ainda que manteve conversas com líderes europeus sobre o tema, entre eles os primeiros-ministros de Itália, Giorgia Meloni, e Espanha, Pedro Sánchez. Em paralelo, uma comitiva do Ministério da Economia da Argentina viajou a Washington D.C, nos Estados Unidos, para acelerar as negociações.
O líder argentino negou que o país enfrente um quadro de hiperinflação, ainda que a taxa anual do índice de preços ao consumidor (CPI) local esteja acima de 100%. Fernández também argumentou que uma desvalorização abrupta do peso argentina seria prejudicial à economia.
"A situação da Argentina se alterou não porque a política econômica argentina seja equivocada, mas porque ocorreu uma catástrofe climática, que é a seca", disse.
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