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Appy diz que governo trabalha no modelo para viabilizar cashback com devolução na boca do caixa

O secretário extraordinário de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que teve reunião com representantes dos estados e Receita Federal para discutir o desenho operacional do sistema de cashback previsto na reforma tributária."Le

Fernanda Trisotto, Antonio Temoteo e Bruno Luiz (via Agência Estado)

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Escrito por Fernanda Trisotto, Antonio Temoteo e Bruno Luiz (via Agência Estado)
Publicado em 11.05.2023, 18:05:00 Editado em 11.05.2023, 18:11:14
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O secretário extraordinário de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que teve reunião com representantes dos estados e Receita Federal para discutir o desenho operacional do sistema de cashback previsto na reforma tributária.

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"Lembrando que ele pode ser um desconto na boca do caixa. Não preciso esperar arrecadar para depois devolver. Especialmente no Brasil é muito fácil de fazer isso", disse em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

O setor se posicionou contra o mecanismo de cashback e defende a manutenção da desoneração da folha de pagamento.

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Appy reiterou que tanto governo quanto Congresso estão abertos à discussão da questão técnica do cashback.

Segundo o relator do grupo de trabalho montado pela Câmara dos Deputados para discutir a proposta, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o modelo está em discussão.

"Estamos discutindo a questão do cashback. É uma construção política, no ambiente político e amadurecido desse debate. Vamos conceber o que for mais eficiente para o nosso País", disse Ribeiro, também durante evento da Abras.

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O relator disse ainda que tem avançado na discussão do texto com os parlamentares e que "dificilmente" haverá outra oportunidade como a atual para levar a proposta à votação no Congresso.

"Estamos partindo de premissas que estão sendo debatidas desde 2019. Temos obrigação de cumprir o calendário do grupo de trabalho, vamos ter apresentação de um relatório que, certamente, nesse pré-ambiente de apresentação, estamos fazendo trabalho de ouvir, dialogar para construir as melhores bases de uma reforma tributária que busque o que todos nós queremos como cidadão(...) É uma importante oportunidade que dificilmente teremos outra, onde há uma convergência de consciência de que se tem que fazer, de fato, uma reforma tributária", declarou o deputado.

Ribeiro ainda defendeu a redução do Estado para diminuir a carga tributária no País. "É impossível pensar em baixar carga se, a cada ano, a gente aumentar o tamanho do Estado. O ideal era reduzir a carga, mas temos uma carga que precisa ser enfrentada, e esse é o nosso desafio."

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Benefícios fiscais

Bernard Appy explicou ainda que o desenho proposto pela reforma tributária traz a redução dos benefícios fiscais, mas não implicará em elevação da carga.

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"A redução dos benefícios fiscais, se eu fizer hoje mantendo os tributos, aumenta carga tributária. Mas a proposta reduz benefícios e cria fundo de desenvolvimento. Se eu fizer a redução (de benefícios) no desenho da reforma, isso reflete uma alíquota mais baixa de IBS", disse, no evento da Abras.

Agro

Para convencer um dos setores mais resistentes à reforma tributária, o secretário extraordinário do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, garantiu que o agronegócio não será prejudicado com a mudança no sistema. "Garanto que o agro não será prejudicado na reforma tributária. Com a reforma, o resultado será aumento da competitividade brasileira do setor", disse.

Appy argumentou que, ao mudar o sistema tributário, o agronegócio brasileiro passará a exportar mais e haverá aumento da demanda por alimentos no mercado interno. Em relação ao ato cooperativo, Appy disse que o governo trabalha em um modelo em que nem todo produtor terá que virar PJ, muito simples e que não terá dupla tributação.

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