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Após duas perdas, Ibovespa sobe 0,41%, aos 107,5 mil pontos, com Nova York

Com volume ainda fraco, um pouco acima da meia sessão de quarta de cinzas, o Ibovespa acompanhou o sinal predominantemente negativo de Nova York ao longo da tarde, mas, com a virada e melhora por lá, conseguiu fechar o dia em moderado viés de alta (+0,41%

Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)

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Escrito por Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)
Publicado em 23.02.2023, 18:47:00 Editado em 23.02.2023, 18:49:18
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Com volume ainda fraco, um pouco acima da meia sessão de quarta de cinzas, o Ibovespa acompanhou o sinal predominantemente negativo de Nova York ao longo da tarde, mas, com a virada e melhora por lá, conseguiu fechar o dia em moderado viés de alta (+0,41%), aos 107.592,87 pontos, vindo ontem do menor nível de encerramento desde 4 de janeiro. Hoje, a referência da B3 oscilou entre mínima de 106.731,17 e máxima de 108.663,34, saindo de abertura aos 107.152,05 pontos. O giro ficou em R$ 22,4 bilhões, ante R$ 17,1 bilhões na sessão de ontem. Na semana, o Ibovespa cai 1,45%; no mês, cede 5,15% e, no ano, recua 1,95%.

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A leve recuperação desta quinta-feira veio após duas perdas - de 1,85%, ontem, e de 0,70%, na sexta-feira - que, por sua vez, sucederam dois ganhos, de 0,31% e 1,62%. Assim, o Ibovespa está agora praticamente no mesmo nível que no fechamento do último dia 14, então aos 107,8 mil pontos. No fim de janeiro mostrava 113,4 mil pontos, e partiu do primeiro fechamento de fevereiro aos 112 mil pontos.

"O mercado está sem um direcional - o que se reflete também no volume -, na expectativa pelo arcabouço fiscal, antecipado para março. Até este mês de fevereiro, operou em cima de narrativas e declarações sobre o que ocorrerá no macro, tendo em vista que a temporada de balanços veio sem muitas surpresas, sejam positivas ou negativas", diz Felipe Moura, analista e sócio da Finacap Investimentos.

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"Os gestores não querem tomar risco enquanto não se conhece o que será feito sobre os gastos públicos. A bola está com a equipe econômica", acrescenta, destacando também o contexto externo ainda desafiador, com os últimos sinais sobre os juros nos EUA. Amanhã, será a vez de o mercado conhecer a mais recente leitura sobre a métrica preferida do Federal Reserve para monitorar os preços ao consumidor, o PCE.

"Os dados americanos se mantêm fortes, e a inflação ao consumidor não tem arrefecido no ritmo que o Fed esperava inicialmente. A ata de ontem, do BC americano, mostrou que alguns dirigentes defenderam aumento maior de juros, de 50 pontos-base, na última reunião, e não o de 25 pontos efetivado", observa Moura. "O Fed fala e o mercado faz uma pausa para digerir, e a digestão tem sido ruim", resume Eduardo Telles, especialista em renda variável da Blue3.

Sem 'triggers' domésticos nesta segunda sessão pós-Carnaval, e com a cautela ainda dando o tom em Nova York na maior parte do dia, o Ibovespa contou desde mais cedo com o suporte proporcionado pelas ações de Petrobras (ON +3,73%, PN +3,07%), em dia de recuperação para o petróleo ante o tombo de ontem. O dia ainda foi negativo para mineração (Vale ON -0,47%), mas ao final misto para a siderurgia (Usiminas PNA -1,27%, Gerdau PN +1,07%) e majoritariamente positivo para os grandes bancos (BB ON +0,81%, Unit do Santander +0,78%, Itaú PN +0,38%, Bradesco PN -0,43%).

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Na ponta do Ibovespa, além das duas ações de Petrobras, destaque também para JBS (+5,53%), Minerva (+3,51%), Natura (+2,89%) e Renner (+2,62%). No lado oposto, Via (-3,86%), Qualicorp (-3,65%), CVC (-2,53%) e Carrefour Brasil (-2,46%).

No Brasil, "há muita incerteza ainda com relação à meta de inflação, se será alterada ou não, o que se reflete na curva de juros e em setores da Bolsa como os de consumo e construção - como visto (ontem) no Boletim Focus, que trouxe deterioração nas expectativas de inflação", diz Paulo Luives, especialista da Valor Investimentos.

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