O dólar opera em alta no mercado à vista nesta quinta-feira, alinhado à valorização da divisa norte-americana predominante no exterior e após sinais na quarta-feira de possível início de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em setembro, enquanto, no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) apontou chances de manutenção da Selic em 10,50% ao ano por período prolongado.
O sinal do BC brasileiro frustra alguns analistas financeiros, que esperavam um tom mais assertivo em relação a uma possível alta da Selic neste ano, em cenário de desancoragem de expectativas de inflação, câmbio desvalorizado e desconforto com as contas públicas do País.
Contudo, alguns investidores ainda acreditam na possibilidade de alguma alta nas próximas reuniões.
O Copom manteve inalterada a Selic em 10,50% ao ano, em decisão unânime anunciada ontem à noite, como era esperado. E o mercado ficará em compasso de espera pela ata do Copom, na próxima terça-feira, em busca de mais informações para ajuste de apostas.
Após o Fed também manter os juros à faixa atual de 5,25% a 5,50% ao ano, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) cortou sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 5%, em linha com a expectativa da maioria dos analistas. A decisão foi dividida.
Mais cedo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apontou alta de 0,54% no encerramento de julho, acelerando ante a variação de 0,22% em junho. Na terceira quadrissemana de julho, a alta foi de 0,34%. A variação superou o teto das estimativas do Projeções Broadcast, de 0,50%. Com o resultado, o índice acumula alta de 4,12% em 12 meses.
Às 10h13, o dólar à vista subia 0,15%, a R$ 5,6628. O dólar para setembro ganhava 0,15%, a R$ 5,6825.
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