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Após cair, dólar sobe com Treasuries e inflação na Focus, à espera de corte de gastos

O dólar passou a subir no mercado à vista na manhã desta segunda-feira, 18, após recuar nos primeiros negócios com uma realização de lucros em meio alta das commodities. O mercado de câmbio se ajusta ao avanço dos juros futuros, após a piora nas expectati

Silvana Rocha (via Agência Estado)

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Escrito por Silvana Rocha (via Agência Estado)
Publicado em 18.11.2024, 09:58:00 Editado em 18.11.2024, 10:04:33
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O dólar passou a subir no mercado à vista na manhã desta segunda-feira, 18, após recuar nos primeiros negócios com uma realização de lucros em meio alta das commodities. O mercado de câmbio se ajusta ao avanço dos juros futuros, após a piora nas expectativas de inflação no boletim Focus. Também influencia a valorização dos rendimentos dos Treasuries intermediários e longos e do dólar ante pares rivais e moedas emergentes no exterior. Investidores internacionais precificam sinais de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para um possível ritmo menor de flexibilização monetária nos EUA.

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Os investidores aguardam palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (12 horas), e principalmente o anúncio de corte de gastos pelo governo, que deve acontecer após a reunião de líderes do G20 no Rio.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que o pacote "está fechado" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que o anúncio ocorrerá "brevemente". Segundo ele, falta acertar os ajustes no Ministério da Defesa. O Ministério da Fazenda teria apresentado ao Congresso um pacote de corte de gastos de R$ 70 bilhões para os próximos dois anos, com R$ 30 bilhões previstos para 2025 e o restante em 2026.

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No relatório Focus, a mediana para a inflação suavizada dos próximos 12 meses subiu de 4,09% para 4,14%. O novo regime prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses. A mediana para o IPCA de 2024 subiu pela sétima semana seguida, de 4,62% para 4,64% - acima do teto da meta, de 4,50%. A mediana para a inflação de 2025 subiu de 4,10% para 4,12%, mais próxima do teto, de 4,50%, do que do centro da meta, de 3%. A mediana para a inflação de 2026 aumentou de 3,65% para 3,70%, distanciando-se do centro da meta pela terceira semana seguida.

A mediana para Selic no fim de 2025 subiu de 11,50% para 12%. Agora, está acima da estimativa intermediária para o fim de 2024, que se manteve em 11,75% pela sétima semana seguida.

A mediana do relatório Focus para o déficit em conta corrente do Brasil em 2024 passou de US$ 45,92 bilhões para US$ 46,47 bilhões. A estimativa intermediária para o déficit de 2025 passou de US$ 47,0 bilhões para US$ 48,0 bilhões. Os números indicam que os déficits em transações correntes continuarão sendo financiados pelo Investimento Direto no País (IDP). A mediana para o IDP de 2024 passou de US$ 72,0 bilhões para US$ 71,50 bilhões, e para 2025, oscilou de US$ 74,0 bilhões para US$ 73,56 bilhões.

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O Itaú Unibanco elevou sua projeção para a taxa Selic, em meio à expectativa de um dólar mais elevado, atividade doméstica forte e avanço nas previsões de inflação. O banco agora vê o juro básico indo até 13,50% no decorrer de 2025, permanecendo neste nível até o final do ano que vem. A estimativa anterior era de que a Selic ficasse em 12% ao ano. A instituição elevou também sua estimativa cambial para R$ 5,70 em 2024 e 2025. Antes as estimativas eram de R$ 5,40 (2024) e R$ 5,20 (2025), a despeito do aumento do diferencial de juros.

O Itaú reduziu também expectativas para ciclo de cortes do Federal Reserve de 200 pontos-base para 150 pontos-base.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,15% na segunda quadrissemana de novembro, após alta de 0,32% na primeira semana. As informações foram divulgadas há pouco pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumula alta de 4,28% em 12 meses.

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Nos EUA, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicar que "parece inteligente" seguir com corte de juros mais lentamente, se os dados permitirem, a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou na sexta-feira que não vê urgência em cortar juros, mas quer "preservar a economia saudável". O dirigente do Fed de Richmond, Tom Barkin, disse que espera que a inflação continue a desacelerar em 2025 e sugeriu que o Fed poderia diminuir o ritmo dos cortes nas taxas.

Às 9h44, o dólar à vista subia 0,03%, a R$ 5,7901. O dólar para dezembro ganhava 0,15%, a R$ 5,7980.

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