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Após assinar quase 40 atos com China, Lula fala em aprofundar cooperação em investimentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou estar confiante sobre a parceria que o País firmou com a China, após a assinatura de quase 40 atos com o presidente chinês Xi Jinping, e destacou que os países vão aprofundar a cooperação em investimentos. El

Fernanda Trisotto e Amanda Pupo (via Agência Estado)

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Escrito por Fernanda Trisotto e Amanda Pupo (via Agência Estado)
Publicado em 20.11.2024, 14:37:00 Editado em 20.11.2024, 14:45:44
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou estar confiante sobre a parceria que o País firmou com a China, após a assinatura de quase 40 atos com o presidente chinês Xi Jinping, e destacou que os países vão aprofundar a cooperação em investimentos. Ele reconheceu a China como o maior parceiro comercial do Brasil e exaltou o bom relacionamento entre os países, cuja amizade estratégia está baseada em interesses compartilhados. O chefe do Executivo destacou que o Brasil quer adensar a cadeia de valor no próprio território e ampliar e diversificar a pauta com o maior parceiro comercial.

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"Estou confiante de que a parceria que o presidente Xi e eu firmamos hoje excederá todas as expectativas e pavimentará o caminho para uma nova etapa do relacionamento bilateral", disse. Para Lula, a visita de Estado reforçou a ambição e renovou o pioneirismo do relacionamento entre os países. "O presidente Xi e eu decidimos elevar a Parceria Estratégica Global ao patamar de Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável. Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial", afirmou Lula.

O presidente destacou que os países vão estabelecer sinergias com as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, e o Plano de Transformação Ecológica, e a Iniciativa Cinturão e Rota. O presidente também destacou o interesse chinês pelo Fundo Florestas Tropicais para Sempre, proposto pelo Brasil para remunerar a preservação desses biomas.

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Lula reconheceu os investimentos chineses no Brasil e pontuou que também há expansão de indústrias brasileiras na China, como a WEG, Suzano e Randon. "Ao mesmo tempo, o agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos para a China. Nesse contexto, a BRF deverá investir cerca de US$ 80 milhões na aquisição de uma moderna fábrica para processamento de carnes na província de Henan, na China", disse o presidente.

Lula ainda destacou que realizará o Ano Cultural Brasil-China em 2026, além de dar seguimento ao diálogo Mercosul-China. "O que China e Brasil fazem juntos, reverbera no mundo", disse ao destacar a parceria na coordenação da ONU, OMC e em arranjos como o G20 e o Brics. Ele ainda pontuou que os entendimentos para a resolução da crise na Ucrânia mostram convergência de visões em matéria de segurança internacional. "Defendemos a reforma da governança global e um sistema internacional mais democrático, justo, equitativo e ambientalmente sustentável. Em um mundo assolado por conflitos armados e tensões geopolíticas, China e Brasil colocam a paz, a diplomacia e o diálogo em primeiro lugar", afirmou.

Lula agradeceu a XI Jinping pelo engajamento na Ação pela Reforma da Governança Global, lançada pelo Brasil no âmbito do G20 e pelo apoio na Aliança Global contra a Fome. Ao encerrar sua fala, Lula disse que espera receber Xi Jinping novamente Brasil em 2025 para a Cúpula do BRICS, em julho, e para a COP30, em novembro. Ele ainda comentou que deve visitar a China por ocasião do Fórum China-CELAC.

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