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Após arcabouço, mercado prevê aumento da dívida bruta a 90% em 2032 em questionário pré-Copom

Após a apresentação do novo arcabouço fiscal, o mercado ainda prevê que a dívida bruta vai continuar crescendo pelo menos até 2032, quando atingiria 90% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme a mediana das 73 estimativas coletadas no questionário pré-Co

Thaís Barcellos (via Agência Estado)

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Escrito por Thaís Barcellos (via Agência Estado)
Publicado em 10.05.2023, 16:35:00 Editado em 10.05.2023, 16:37:05
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Após a apresentação do novo arcabouço fiscal, o mercado ainda prevê que a dívida bruta vai continuar crescendo pelo menos até 2032, quando atingiria 90% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme a mediana das 73 estimativas coletadas no questionário pré-Copom. Na pesquisa, o Banco Central perguntou o valor máximo da dívida entre 2023 e 2032. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano pela sexta reunião seguida na semana passada.

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As projeções do mercado contrastam com o cenário traçado pelo governo, que prevê que o País estará próximo à estabilização no fim do terceiro mandato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo as previsões divulgadas na apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024, a dívida bruta terminaria 2026 em 79,3%, contra 72,9% em 2022.

No questionário pré-Copom, houve uma melhora tímida, porém, na estimativa para a dívida bruta em 2024, de 81,1% para 80,5% entre as pesquisas realizadas em março e maio. A maior parte dos participantes ainda considerou que não houve mudanças relevantes na situação fiscal no período, sendo que 26% dos 100 analistas ouvidos consideraram que houve piora e 28%, melhora.

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Com todas essas projeções e avaliações em mãos, o Copom afirmou, conforme a ata do encontro da semana passada, que houve redução na probabilidade de cenários mais extremos de trajetória da dívida pública.

"Mas notou também que não houve mudança relevante nas projeções de inflação uma vez que as expectativas não se alteraram de forma significante. Tal comportamento reforça o entendimento de que não há relação mecânica entre a política monetária e o arcabouço fiscal", ponderou o BC na ata.

No questionário, os analistas projetaram, conforme a mediana, manutenção na projeção para a inflação oficial em 2023, em 6,0% - mesma de março -, e aumento marginal para 2024, de 4,10% para 4,11%. Para o ano que vem, porém, a maior fatia dos 101 participantes (47%) ainda vê o risco de alta como preponderante para a projeção.

A meta para 2023 é de 3,25%, com banda superior até 4,75%. Já para 2024, o alvo atual é de 3,00%, com tolerância até 4,50%.

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