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Apetite a risco e Caged estimulam alta do Ibovespa antes de agenda ganhar força

Busca por ativos de risco no exterior na esteira da China se reflete no Ibovespa, que interrompeu na sexta-feira uma série de três elevações consecutivas, em meio a expectativas de novas altas de juros nos Estados Unidos. Retomada das atividades no gigant

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 06.06.2022, 10:47:00 Editado em 06.06.2022, 10:49:32
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Busca por ativos de risco no exterior na esteira da China se reflete no Ibovespa, que interrompeu na sexta-feira uma série de três elevações consecutivas, em meio a expectativas de novas altas de juros nos Estados Unidos. Retomada das atividades no gigante asiático após interrupções pelo aumento de casos de covid-19 reacende esperança de aumento da demanda, estimulando alta das commodities. O Caged acima do esperado em abril também respalda o bom humor.

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"O Ibovespa acompanha o cenário externo e abriu com alta em um dia de agenda vazia, o que favorece queda do dólar", afirma Sidney Lima, analista da Top Gain.

O minério subiu pelo sexto pregão seguido em Dalian (China) e o petróleo tem instabilidade. Ainda assim, o índice Bovespa pode buscar os 112 mil pontos. Na máxima até o momento, marcou 111.805,15 pontos, com valorização de 0,63%. Além disso, ações de tecnologia podem pegar carona na notícia de que a China se prepara para encerrar uma investigação sobre a Didi Global, do ramo.

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"Recuperação técnica depois das quedas dos últimos dias. Apesar da semana de agenda pesada, a indicação é de um dia leve, que favorece a busca por risco", avalia o economista-chefe do BV, Roberto Padovani, em comentário matinal a clientes e à imprensa.

O movimento de alta, explica Lima, da Top Gain, tem sido impulsionado por sinalizações de que os EUA pode beneficiar a importação de produtos chineses, para conter a inflação por lá.

No entanto, o bom humor externo pode ser contido por divulgações, ruídos e eventos internos, dado que lá fora, hoje, neste requisito, não há nada do que esperar, a não ser durante a semana: sai índice de inflação ao consumidor dos EUA e tem decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

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Hoje, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a Petrobras, afirmando que apesar de sua privatização ser muito difícil, o Ministério de Minas e Energia quer mudar toda a empresa.

O investidor ainda acompanha as palavras do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em meio ao impasse do reajuste dos servidores, a uma semana do Copom. No entanto, logo no começou de sua participação em evento disse: 'já que vamos falar de cripto, estou feliz que não vou falar de inflação hoje."

Após sem divulgar a pesquisa Focus, o BC trouxe apenas informações parciais, com somente as medianas para o IPCA, PIB, câmbio e Selic no fim de 2022 e 2023.

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A 'novela' sobre os preços dos combustíveis também segue no radar do mercado. O relator da proposta que impõe um teto para a alíquota de ICMS sobre energia e combustíveis, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) trabalha para concluir o relatório sobre o projeto até a próxima amanhã. Já Bolsonaro disse esperar resolver a alta dos combustíveis "nos próximos dias".

Além disso, fica no foco das atenções a informação de que a assembleia de debenturistas de Furnas, prevista para hoje, foi suspensa por uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. A decisão pode atrasar a oferta de ações da Eletrobras. A empresa, por sua vez, entrou com recurso no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) para suspender a liminar que impede a realização de uma assembleia de debenturistas de Furnas nesta segunda-feira.

Quanto ao Caged, houve a criação de 196.966 vagas formais, ante mediana de 170.328 postos das estimativas (81.909 a 276 mil).

Às 10h36, o Ibovespa subia 0,65%, na máxima, aos 111.830,82 pontos. Na sexta, fechou em queda de 1,15%, aos 111.102,32 pontos.

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