A Eletronuclear realiza a partir do sábado, 28, uma parada programada da usina nuclear Angra 1, no Rio de Janeiro, para reabastecimento de um terço de combustível, além de cerca de 4.800 outras tarefas. O trabalho se estende por 50 dias e conta com a participação de aproximadamente 1.300 profissionais nacionais e internacionais. Durante esse período, a usina não irá gerar energia, sendo desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Angra 1 se junta a Angra 2, também fora do sistema para manutenção desde 24 de setembro, mas cuja volta está prevista para os próximos dias, já que o tempo de parada era de apenas 30 dias.
Angra 1 tem capacidade instalada de 640 megawatts (MW) e Angra 2 de 1.350 MW.
As paradas acontecem em um momento em que os reservatórios das hidrelétricas estão cheios, reduzindo o risco de uma eventual queda de oferta.
"Esses procedimentos são fundamentais para garantir a segurança e alta disponibilidade na operação da usina. Vale ressaltar que, no caso de Angra 1, o tempo de parada será um pouco maior, visto que também serão executadas atividades que já estão na programação da extensão de vida útil da usina por mais 20 anos", diz em nota o superintendente de Angra 1, Abelardo Vieira.
Entre as inspeções, manutenções e instalações de modificações de projeto estão a substituição de barras de controle do reator, manutenção dos transformadores principais e auxiliares, revisão das turbinas de vapor e inspeção volumétrica na tampa do vaso de pressão do reator.
"As paradas ocorrem aproximadamente a cada 14 meses e são organizadas com pelo menos um ano de antecedência, levando em consideração a duração do combustível nuclear, que é composto por urânio, e as necessidades do SIN", explica Abelardo.
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