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Analistas e BC têm se surpreendido com números melhores da atividade, diz Kanczuk

O diretor Política Econômica do Banco Central (BC), Fabio Kanczuk, avaliou nesta quinta-feira, 24, que analistas de marcado e o próprio BC têm se surpreendido com números melhores da atividade. "A volta da economia tem sido mais rápida do que se esperava"

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.09.2020, 12:13:00 Editado em 24.09.2020, 12:20:47
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O diretor Política Econômica do Banco Central (BC), Fabio Kanczuk, avaliou nesta quinta-feira, 24, que analistas de marcado e o próprio BC têm se surpreendido com números melhores da atividade. "A volta da economia tem sido mais rápida do que se esperava", afirmou.

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Em meio a reavaliações dos impactos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira, o Banco Central atualizou nesta quinta no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. A expectativa para a economia este ano passou de queda de 6,4% para retração de 5,0%.

O BC também publicou hoje, pela primeira vez, suas projeções para o PIB em 2021. Após o forte impacto negativo da pandemia do novo coronavírus em 2020, a expectativa do BC para a economia no próximo ano é de crescimento de 3,9%.

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"Tivemos interrupção da produção, mas a volta da oferta é mais ou menos tranquila. Não precisa digerir alguma coisa, não há problema remanescente que impeça a volta da oferta. Com o retorno da normalidade após a pandemia, a oferta retorna de forma rápida", acrescentou.

Kanczuk também destacou que o aumento de exportações é principal efeito para revisão, para baixo, do déficit em transações correntes em 2020. Os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia fizeram o Banco Central atualizar hoje, por meio RTI, suas projeções para o balanço de pagamentos em 2020. A projeção para o déficit em transações correntes do País foi de US$ 13,9 bilhões para US$ 10,2 bilhões. A estimativa anterior constou no RTI de junho. Já a projeção para o Investimento Direto no País (IDP) em 2020 foi de US$ 55,0 bilhões para US$ 50,0 bilhões.

Para 2021, Kanczuk destacou a reação do IDP no próximo ano. O Banco Central publicou hoje, pela primeira vez, suas projeções para o balanço de pagamentos em 2021. A projeção para o déficit em transações correntes do País é de US$ 16,7 bilhões, conforme o RTI. Já a projeção para o Investimento Direto no País (IDP) em 2021 é de US$ 65,2 bilhões.

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"Era jabuticaba brasileira IDP ser tão estável em momentos distintos, e notamos que está aumentando um pouco a volatilidade, o que e positivo. O capital está indo para uma alocação que faz mais sentido", completou.

Câmbio

O diretor Política Econômica do Banco Central explicou que a mudança nos cenários de câmbio da autoridade monetária a partir do RTI de dezembro tem o objetivo de retirar um pouco de "viés" na modelagem das projeções de inflação da autoridade monetária. "A mudança vai tornar mais explícito o que está acontecendo com as commodities, que crescerão pela inflação externa", afirmou.

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O Banco Central anunciou nesta quinta no RTI, que pretende passar a publicar sistematicamente apenas um cenário em seus próximos documentos: o com câmbio baseado na trajetória de paridade do poder de compra (PPC) e com taxa Selic extraída da pesquisa Focus. Isso passará a ser feito no RTI de dezembro.

"Estamos tirando a nossa obrigação de mostrar quatro cenários e vamos focar nos cenários que consideramos mais importantes, com mais análise econômica. Iremos parar de mostrar possibilidades pouco informativas", afirmou. "Continuaremos dando todas as informações necessárias como se fazia antes, mas com um foco no que estamos mais preocupados", disse.

EUA

Fabio Kanczuk destacou, ainda, que o consumo das famílias mais pobres nos Estados Unidos já retornou aos patamares pré-pandemia de covid-19, provavelmente em função dos estímulos concedidos pelo governo americano. Já o consumo das famílias norte-americanas mais ricas ainda está bem abaixado do observado antes da crise.

Segundo o diretor, nos EUA há a criação de estoque de poupança, que pode aliviar a redução do consumo em 2021, quando os estímulos forem retirados. "Houve o aumento da poupança agregada quando se olha a população como um todo, e isso pode suavizar o movimento do consumo quando houver queda de renda", completou.

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