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Alta na indústria no Brasil em 2024 foi a mais acentuada desde 2021, revela IBGE

O setor industrial mostrou perda de ritmo na reta final do ano, mas o saldo final de 2024 foi robusto, com crescimento considerável em relação a 2023, avaliou André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geog

Daniela Amorim (via Agência Estado)

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Escrito por Daniela Amorim (via Agência Estado)
Publicado em 05.02.2025, 13:01:00 Editado em 05.02.2025, 13:10:18
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O setor industrial mostrou perda de ritmo na reta final do ano, mas o saldo final de 2024 foi robusto, com crescimento considerável em relação a 2023, avaliou André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção industrial teve uma redução de 0,3% em dezembro ante novembro, terceiro mês seguido de quedas, levando a uma perda de 1,2% acumulada no período. No fechamento de 2024, porém, a produção cresceu 3,1%.

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O desempenho anual foi o melhor desde 2021, quando houve um avanço de 3,9%, em recuperação ao choque da pandemia de covid-19, que derrubou a indústria em 4,5% em 2020.

"Isso contrasta com essa leitura do final do ano de 2024, com essa perda de intensidade", disse Macedo. "O ponto mais elevado da produção no ano de 2024 foi alcançado no mês de junho", completou.

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Segundo Macedo, o crescimento do setor industrial em 2024 foi impulsionado pelo aquecimento do mercado de trabalho, com redução no desemprego, maior número de pessoas trabalhando e aumento na massa de salários em circulação na economia. O cenário favorável levou a um aumento no consumo das famílias, beneficiado por medidas de estímulos fiscais, alta na renda e maior concessão de crédito.

O crescimento na produção industrial em 2024 foi disseminado, com expansão nas quatro grandes categorias econômicas e em 20 dos 25 ramos industriais pesquisados. As principais influências positivas para a média total da indústria partiram de veículos automotores (12,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,2%), produtos alimentícios (1,5%) e produtos químicos (3,3%).

Entre as categorias de uso, os destaques foram os avanços em bens de consumo duráveis (10,6%) e bens de capital (9,1%), embora também tenham crescido os bens intermediários (2,5%) e os bens de consumo semiduráveis e não duráveis (2,4%).

Macedo explica que os bens de capital e os bens duráveis se beneficiaram da conjuntura econômica positiva ao longo de 2024, uma vez que a reversão desse cenário favorável ocorreu apenas nos últimos meses do ano. Além disso, ele ressalta que os bens de capital vinham ainda de uma base de comparação baixa, após terem recuado 11,7% em 2023. "A base de comparação é um fator importante. É um crescimento que se dá sobre essa base de comparação muito depreciada", ponderou.

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