A alta de 1,11% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em outubro foi decorrente de aumentos em 14 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mês de outubro, as altas de preços mais acentuadas ocorreram em bebidas (6,12%), indústrias extrativas (5,26%), outros equipamentos de transporte (2,19%) e alimentos (2,00%).
O setor de alimentos foi o setor industrial de maior pressão na composição do IPP, responsável por 0,48 ponto porcentual, seguido por extrativas (0,26 ponto porcentual), bebidas (0,15 ponto porcentual) e refino de petróleo e biocombustíveis (alta de 0,92% e impacto de 0,10 ponto porcentual).
"Nos últimos dois meses, o setor de refino de petróleo e biocombustíveis foi o que mais impactou positivamente no IPP. Em outubro ele continua sendo um dos destaques, mas não o principal, com variação de 0,92% (quarta maior influência). Os dois produtos mais importantes do grupo, óleo diesel e gasolina, tiveram aumento de preços em agosto e setembro, mas comportamentos diferentes em outubro, com a gasolina apresentando resultado negativo e segurando a variação do setor", explicou Murilo Alvim, analista do IPP no IBGE, em nota oficial.
No caso de bebidas, o aumento da demanda por produtos como cerveja e refrigerante, motivado pela proximidade do verão e das festas de fim de ano, costuma levar a reajuste de preços em outubro.
"Desde o início da série histórica da atividade no IPP, em 2010, o setor de bebidas mostra resultado positivo em outubro", acrescentou Murilo.
Quanto aos alimentos, houve pressão do aumento nos preços das carnes bovina e de frango.
"No caso da carne bovina existe uma limitação da oferta de animais para abate, que pode estar relacionada ao ciclo da pecuária. Sobre a carne de frango, vemos um aumento da demanda que pode ser uma substituição de um produto por outro", justificou o analista do IBGE.
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