A retomada na quarta-feira, 18, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do ciclo de aumento da taxa de juros, amplamente esperado pelo mercado financeiro, não agrada a indústria. Em nota divulgada nesta terça-feira, 17, a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) alerta para o fato de que, colocar a taxa Selic em campo ainda mais restritivo, vai afetar negativamente toda a economia e reduzir a capacidade de investimento e de produção do setor.
A Fiemg cita a revisão da expectativa mediana dos analistas do mercado financeiro na Focus para a Selic em 2024, que agora passa a precificar taxa de juros de 11,25%, o que significa aumento de 0,75 ponto porcentual sobre o atual nível, de 10,50% ao ano.
"Tal cenário coloca a economia em alerta, intensificando a política monetária contracionista. Ampliar o patamar contracionista da política monetária gera impactos significativos em toda e economia. A capacidade produtiva é seriamente comprometida, desestimulando os investimentos e gerando efeitos sistêmicos. A indústria, que já vinha sendo afetada, pode ser ainda mais prejudicada, com a limitação da capacidade de investimento e a redução de competitividade", diz a nota da Fiemg.
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