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Alívio em IPCA-15 e CPI dos EUA estimula Ibovespa, mas cenário político limita

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O Ibovespa abriu em alta na manhã desta sexta-feira, 24, em meio ao arrefecimento da inflação no Brasil e nos Estados Unidos, além da valorização das bolsas em Nova York. O principal indicador da B3 iniciou a sessão na mínima de 145.720,98 pontos, com elevação de 0,02%, e logo saltou para 147.239,76 pontos, com ganho de 1,04%, na máxima.

"O CPI americano abriu fluxo para o Ibovespa na abertura", descreve Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

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Porém, no final da manhã o principal indicador da B3 perdia fôlego. "A alta diminuiu à metade. Começa a pesar o cenário local, com pesquisas colocando Lula à frente. O mercado tem a tese de que um nome da oposição deveria ganhar a eleição de 2026, pois não acredita que o atual governo, caso seja reeleito, consiga endereçar o fiscal, fazer ajustes", explica Lourenço.

Além das preocupações fiscais, pesam no Índice Bovespa a queda de 0,58% no preço do minério de ferro hoje em Dalian, o prejuízo trimestral da Usiminas e a incerteza quanto a tarifas. A poucos dias do encontro entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu homólogo, o norte- americano Donald Trump, no domingo, o petista disse nesta sexta-feira que não espera um acordo imediato com o republicano.

No âmbito eleitoral, pesquisa elaborada pela AtlasIntel e a Bloomberg divulgada hoje aponta que Lula pode vencer a disputa pela Presidência ainda em primeiro turno no ano que vem. Contra todos os oponentes da direita, o petista tem 51% das intenções de voto ou mais.

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Na parte de indicadores, o destaque no Brasil é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15). O indicador desacelerou a alta a 0,18% em outubro, após 0,48% em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA-15 acumula variação de 4,94% em 12 meses (de mediana em 5%), acima do teto da meta de 4,50%. A taxa mensal ficou abaixo da mediana das estimativas encontrada em pesquisa feita pelo Projeções Broadcast, de 0,24%.

Os dados são bem vistos por analistas, mas não tendem a levar o Banco Central a começar a cortar a Selic neste ano. "O resultado do indicador é muito bom, mas não devemos nos 'emocionar' com os números", adverte o economista André Perfeito. Segundo ele, é sabido que o BC está de olho em 2027. "Sendo assim o mercado tem que ele mesmo revisar as projeções para termos assim um alívio nas condições monetárias atuais", diz em nota, completando que redução da Selic "apenas" em 2026.

Após a divulgação, o economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, reduziu a projeção do IPCA de outubro de 0,27% para 0,20%. Além disso, diminuiu a estimativa para o IPCA fechado em 2025, de 4,7% para 4,6%.

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Na visão de Costa, até o início de 2026, a inflação projetada pelo Banco Central para o horizonte relevante estará em linha com a meta (centro de 3% e teto de 4,5%). "Isso deve levar a autoridade monetária a iniciar o ciclo de cortes de juros a partir de janeiro de 2026, reduzindo a taxa Selic para 11,0% em dezembro de 2026", afirma o economista da Monte Bravo.

Já a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, mantém expectativa de inicio de corte de juros em dezembro. Contudo, avalia que o Banco Central deve manter o tom cauteloso na avaliação do comportamento da inflação apesar dos resultados sinalizando o processo de desinflação.

Já nos EUA, o CPI, índice de preços ao consumidor, subiu 0,3% em setembro ante agosto (mediana em 0,4%). Na comparação anual, avançou a 3% em setembro, ante estimativa de 3,1%. O dado eleva a chance de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) este ano.

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No campo corporativo, a Usiminas informou prejuízo líquido de R$ 3,503 bilhões no terceiro trimestre de 2025, revertendo lucro de R$ 185 milhões registrado um ano antes e de R$ 128 milhões no segundo trimestre deste ano. As ações caíam 5,43%, às 11h46.

Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 0,59%, aos 145.720,98 pontos.

Às 11h46 desta sexta-feira, o Índice Bovespa subia 0,43%, aos 146.287,61 pontos. Vale cedia 0,18% e Petrobrás zerava a alta. O dólar à vista ameaçava subir, e ia a R$ 5,3831, enquanto os juros futuros caíam.

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