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Alimentos e energia elétrica puxam IPCA em outubro, diz IBGE

No ranking de pressões sobre o IPCA de outubro, os itens de maior peso foram energia elétrica, com aumentos de 4,74% (e um impacto de 0,20 ponto porcentual no índice geral de inflação), e alimentação e bebidas, com reajustes de 1,06% (e contribuição de 0,

Daniela Amorim (via Agência Estado)

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Escrito por Daniela Amorim (via Agência Estado)
Publicado em 09.11.2024, 07:32:00 Editado em 09.11.2024, 07:39:23
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No ranking de pressões sobre o IPCA de outubro, os itens de maior peso foram energia elétrica, com aumentos de 4,74% (e um impacto de 0,20 ponto porcentual no índice geral de inflação), e alimentação e bebidas, com reajustes de 1,06% (e contribuição de 0,23 ponto porcentual).

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Pelos dados do IBGE, considerando só o grupo de alimentação e bebidas, as carnes tiveram uma alta média de 5,81%, depois de terem subido 2,97% em setembro. O resultado foi uma elevação acumulada de 8,95% nos preços nos últimos dois meses. Houve reajustes no acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). Segundo André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, esse período do ano já é considerado de entressafra, mas a situação foi agravada pela estiagem.

"Essa alta (de preços) está relacionada a questões climáticas. A gente teve um período de seca bem mais intenso, o que reduz a oferta de animais, prejudica a produção. Além disso, a menor oferta é influenciada por menor disponibilidade de número de animais para abates e também por exportações que estão maiores que no ano passado. Então, a oferta de carnes no mercado interno está menor", afirmou Almeida.

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Quanto ao impacto das queimadas, o pesquisador reforça que os incêndios são consequência de períodos de secas. Sobre a valorização do dólar ante o real, ele menciona uma possível influência no aumento das exportações. "O câmbio pode influenciar tanto a parte de alimentos quanto os produtos com componentes importados."

Energia elétrica

A pressão exercida pela energia elétrica sobre o IPCA também foi influenciada pela estiagem. A conta de luz registrou uma alta de 4,74% em outubro, devido ao acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos.

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"Em novembro, teremos acionamento da bandeira amarela. Claro que temos outros componentes que fazem parte da energia elétrica, mas, quando a gente olha o componente da bandeira tarifária, é um fator de alívio", lembrou Almeida.

O acionamento da bandeira amarela em substituição à bandeira vermelha patamar 2 deve ajudar a desacelerar o IPCA para uma alta de 0,18% em novembro, prevê o economista Fábio Romão, da LCA Consultores, em relatório. A projeção inclui também os descontos esperados durante a campanha de promoções Black Friday.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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