O vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, defendeu que o texto do projeto de lei do Combustível do Futuro, aprovado na Câmara dos Deputados, seja mantido no Senado. "O Brasil será um grande protagonista no fornecimento de SAF (combustível sustentável de aviação), aumentaremos a mistura de etanol anidro na gasolina para 30% e o mandato de biodiesel no Combustível do Futuro. Precisamos trabalhar para manter o texto do relator, deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), no Senado, que prevê biogás, SAF, hidrogênio de baixo carbono (hidrogênio verde) e etanol", disse Alckmin na abertura do Cana Summit, evento realizado pela Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), hoje, em Brasília (DF). "Precisamos trabalhar também para etanol ter paridade com gasolina", acrescentou.
A jornalistas, Alckmin classificou o relatório de Jardim como "um bom texto". "Cabe ao Senado discutir, amadurecer e debater, mas é um bom trabalho feito pelo deputado Arnaldo Jardim e que traz avanços importantes para a agroindústria com participação maior de biodiesel, biogás e etanol, descarbonizando a cadeia. É uma agenda extremamente positiva", afirmou Alckmin, lembrando que o Brasil ajudou a criar a Aliança Global para biocombustíveis. Questionado sobre a eventual inclusão do mandato para o coprocessado no projeto de lei, como deseja a Petrobras, Alckmin disse que o tema "é para ser discutido". "Tem espaço para todo mundo", afirmou em coletiva de imprensa.
A posição de defesa do Combustível do Futuro foi reiterada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. "Da parte do Ministério da Agricultura, todo debate foi feito ainda na Câmara dos Deputados e os ajustes necessários foram feitos pelo trabalho executado pelo deputado Arnaldo Jardim. Espero que o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) avalie todos os detalhes do projeto já aprovado, mas espero que o projeto, na medida do possível, tenha o mínimo possível de alterações", disse Fávaro a jornalistas. "O projeto encaminha o Brasil para a vanguarda da produção de biocombustíveis no mundo. Quanto mais rápido finalizar o projeto e tivermos a sanção presidencial, o Brasil chegará mais rápido a esse protagonismo", acrescentou.
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