O vice-presidente Geraldo Alckmin - presidente em exercício durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Europa - afirmou nesta terça-feira, 20, a jornalistas que o limite de R$ 1,5 bilhão definido para o programa automotivo "não é uma decisão definitiva".
A fala vem após um ruído surgido na semana passada durante reunião ministerial ocorrida no Palácio do Planalto. Como mostrou a reportagem, Lula disse na reunião que gostaria de ver o programa automotivo ter uma continuidade. Ao final do encontro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que era uma brincadeira do presidente da República. Não há espaço fiscal reservado pela equipe econômica para estender o programa automotivo.
"Isso prorrogação do programa vai ser decidido um pouco mais para frente. Provavelmente, essa não é uma decisão definitiva, mas provavelmente acabou os R$ 500 milhões valor reservado para ajudar na compra de carros, acabou o programa, o estímulo", afirmou o vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. "Agora, o fato é que o programa foi um sucesso. E mostrou o seguinte: reduza um pouco a carga tributária que vende mais", acrescentou.
De acordo com o presidente em exercício, as concessionárias estavam lotadas no final de semana.
Alckmin declarou que o programa automotivo é uma solução enquanto os juros não caem. "Mas temos certeza de que vai cair", apostou o ministro, sem estimar o momento do afrouxamento monetário. A expectativa do mercado é que o Copom corte juros em agosto, e não na decisão de política monetária que será publicada na quarta-feira.
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