O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai manter o ritmo de cortes da taxa Selic na reunião da semana que vem, com mais uma redução de 0,50 ponto porcentual (para 12,75% ao ano), e vai sinalizar a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário. "Mais do que reduzir meio ponto, indicando que vai continuar a cair. Isso é fundamental", afirmou, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews.
Alckmin criticou o Banco Central por ter mantido a taxa Selic em 13,75% ao ano durante um ano.
"Em 2020, a inflação era, que nem hoje, 4%, e os juros eram 2%. Era negativo 2%. E o problema não é ter levado a 13,75%, é manter um ano a 13,75%. É um verdadeiro milagre da economia brasileira conseguir crescer", disse o vice-presidente.
Para Alckmin, o nível restritivo da taxa Selic inibe investimentos. "Quem precisa tomar empréstimo, não toma, porque tem dificuldade, e quem poderia investir também não investe, é desestimulado para ficar na ciranda financeira."
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