O vice-presidente da República e ministro responsável pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, avaliou que a decisão tomada hoje pelo governo sobre a importação de aço não afeta as relações do País com China, de onde vem a grande parte dos itens de siderurgia comprados no Brasil. Questionado sobre o impacto da nova regra na diplomacia com a China, Alckmin afirmou que "o mundo todo" está procurando estabelecer critérios sobre a importação de aço.
"Veja que o mundo todo está procurando estabelecer critérios na suas alíquotas de importação. Só fizemos essa mudança para o que estiver acima da cota, e demos cota grande. Pode não ter impacto, se você ficar dentro, 30% acima da média de importação", respondeu à imprensa.
O ministro disse ainda ser "natural" que a China seja o país mais afetado se a cota de importação estabelecida gerar uma taxação mais alta. "Mas é natural. Nós estamos reduzindo também para 0% alíquotas de importação de bens de capital e bens de informática. Grande parte deve ser da China", respondeu o ministro. "E é em até 12 meses, vai ter monitoramento pela Camex", acrescentou.
Alckmin também defendeu que a medida é importante porque a indústria siderúrgica nacional está com ociosidade "muito grande". "Tem mais de 40% de ociosidade em algumas áreas. Eu diria que foi medida de preservação do emprego, de estímulo a novos investimentos, e que na realidade é extremamente cuidadosa", disse.
O ministro ainda lembrou que a medida sobre o aço ainda precisa ser comunicada aos pares do Mercosul, que precisa aprovar a iniciativa, segundo ele. "Vamos encaminhar para o Mercosul, precisa ser aprovado no Mercosul", afirmou.
Como antecipou oBroadcast(sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), haverá uma cota de importação para 11 NCMs de aço. Se as compras extrapolarem esse volume, a taxa de importação vai a 25%.
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