O déficit comercial na área da saúde é um dos maiores desafios do setor industrial farmacêutico, disse o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, ao abrir na noite desta segunda-feira, 21, o "CNN Talks -Saúde no Brasil: estratégias para impulsionar o futuro", em São Paulo.
De acordo com Alckmin, a segmento da saúde responde pelo segundo maior déficit dentro da balança comercial, perdendo apenas para o setor de Tecnologia da Informação (TI).
"Nós temos um grande desafio. O segundo déficit da balança comercial brasileiro é o complexo industrial da saúde, só perde para TI. Então, temos de aumentar a fabricação no País. Hoje nós importamos 55% de tudo que compõe o complexo industrial da saúde", disse no vice-presidente.
De acordo com Alckmin, o governo tem buscado alternativas para reverter essa situação, como o financiamento de pesquisa, desenvolvimento e inovação. "São R$ 66 bilhões do BNDES, Finep e Embrapi a 4% ao ano de juros. Ou seja, juro real zero para a gente poder aumentar os centros de pesquisas e desenvolvimento e inovação no Brasil", explicou.
Ainda, de acordo com Alckmin, o setor é contemplado dentro do programa Nova Indústria Brasil (NIB). Segundo Alckmin, o Ministério da Saúde acabou de lançar um grande edital de Programas de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) e forma mais de 300 projetos apresentados.
"A meta é, até 2026, nós fabricarmos 50% e em 2033, 70% dos medicamentos no País. E duas coisas vão crescer no mundo: TI e saúde. É exatamente as duas que vão crescer. E a boa notícia é que vivíamos 45 anos no Brasil, essa era a expectativa de vida na década de 40. Hoje, a expectativa de vida no Brasil é 76 anos de idade ao nascer. Quem completa 70 anos, a expectativa sobe para 86 anos", disse Alckmin, ao analisar um potencial mercado de consumo.
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