O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou que ainda não há informações sobre a causa do apagão que afetou as regiões Norte e Nordeste, além de localidades nas demais regiões do País. Feitosa explicou que todas as ocorrências de grande porte no sistema de transmissão têm uma regulamentação para avaliação das causas.
"O sistema de transmissão brasileiro é sofisticado, com diversos agentes de transmissão, distribuição e geração. Um evento dessas proporções precisa ser avaliado com critérios para que possamos depois atribuir alguma causa específica. Nesse momento, não temos nenhuma causa repassada", afirmou o diretor.
Feitosa reforçou que a prioridade das autoridades e órgãos do setor elétrico é retomar o suprimento de energia elétrica em todas as localidades que foram afetadas pelo apagão ao longo do período da manhã.
Segundo ele, eventual instauração de processos para aplicação de sanções só será analisada após a normalização no Sistema Interligado Nacional (SIN).
De acordo com o ONS, 55% da carga foi retomada na região Norte e 81% no Nordeste. Ao todo, 13,5 mil megawatts (MW) foram recompostos diante dos 16 mil MW afetados pelo apagão desta terça-feira, 15.
"Primeira preocupação que temos em um evento desse é restaurar o serviço e é exatamente isso que, nesse momento, o Ministério está envolvido, o Operador Nacional do Sistema Elétrico, as empresas e a Aneel. Eventuais repercussões, depois que o problema está resolvido, é que nós vamos passar para essa etapa", afirmou após reunião da diretoria da Aneel.
O MME convocou para às 14 horas uma reunião para tratar sobre o tema. Além de diretores e técnicos da agência reguladora, devem participar representantes do ONS e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou a criação de um grupo para acompanhar a situação.
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