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Agências percebem a harmonia entre os Poderes, afirma Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as agências de classificação "percebem" quando há coordenação entre os Poderes em torno de um "objetivo maior", disse que ainda há "muito trabalho" para o próximo ano e avaliou que o novo arcabouço fisca

Amanda Pupo e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)

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Escrito por Amanda Pupo e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)
Publicado em 19.12.2023, 18:24:00 Editado em 19.12.2023, 18:32:06
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as agências de classificação "percebem" quando há coordenação entre os Poderes em torno de um "objetivo maior", disse que ainda há "muito trabalho" para o próximo ano e avaliou que o novo arcabouço fiscal, que terá sua estreia oficial em 2024, já é uma "garantia" de que o governo continuará perseguindo a consolidação fiscal.

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O comentário foi feito após a S&P elevar o rating do Brasil de BB- para BB. Ao fazer o upgrade, a classificadora disse que pode elevar a nota outra vez nos próximos dois anos caso as reformas fiscais sustentem o crescimento de longo prazo nacional. Agora, o ranking do Brasil pela empresa está alinhado às das outras duas principais firmas do ramo - a Moody's e a Fitch -, ou seja, dois níveis abaixo do grau de investimento.

"Penso que S&P estava aguardando o desfecho das reformas. Preciso salientar que quando há harmonia entre Poderes, quando se unem em torno de causa, para colocar ordem nas contas, garantir orçamento, quando País tem projeto, as agências percebem que há coordenação em torno de objetivo maior", disse Haddad a jornalistas. Ele saiu nesta terça-feira à tarde do Ministério da Fazenda para uma reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

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Ao se referir ao andamento das reformas, o ministro da Fazenda apontou a aprovação da reforma Tributária como o "ponto alto" dessa trajetória, lembrando ainda que a esperada aprovação da MP da Subvenção, que deve ser votada hoje pelo Senado, conclui uma agenda "muito importante" proposta pela Fazenda ao Congresso. "Trabalhamos para esclarecer aos senadores sobre a matéria, que não se trata de aumento de impostos, pelo contrário. Penso que está adiantado o entendimento no Senado de que é uma medida importante para ser votada", disse o ministro.

Haddad ainda pontuou que a equipe econômica terá "muito trabalho" no próximo ano - "nada é simples" -, mas avaliou como importante a sinalização das agências de classificação, apesar de ponderar que não se conforma pelo fato de o Brasil ainda não ter recuperado o grau de investimento.

O ministro também exaltou o trabalho do Congresso e dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), porque, apontou, "tudo depende do trabalho conjunto". "Isso tudo depende do trabalho conjunto, não me cabe outra coisa se não elogiar trabalho de Lira e Pacheco. Amanhã é a promulgação da reforma tributária depois de três décadas de espera", disse Haddad, segundo quem há razões para o governo estar otimista.

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