A Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, informou que vai continuar praticando preços de paridade de importação (PPI), como vem fazendo desde que assumiu o controle da unidade, vendida pela Petrobras no final de 2021. De acordo com a empresa, um braço do fundo árabe Mubadala, dos 94 dias úteis de janeiro a abril deste ano, em 80% dos dias, a Acelen esteve com preços mais baratos que a Petrobras, destacou.
Desde que assumiu o ativo, a Acelen reajusta semanalmente alguns dos seus combustíveis, seguindo mercados de referência.
No diesel, foram 10 reduções consecutivas, acumulando queda de 31% desde o início do ano. Já a gasolina acumula queda de 16% no mesmo período. Em relação ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), ou gás de cozinha, que tem preço atualizado mensalmente, a redução foi de cerca de 10%, de março para maio.
"Um novo reajuste (do GLP) será anunciado no início de junho", informou a refinaria.
As últimas quedas, explicou a Acelen, refletem a política de preços da empresa, que segue critérios técnicos, levando em consideração variáveis como custo do petróleo, dólar e frete, em consonância com as práticas internacionais de mercado.
"Cabe destacar que a empresa possui uma política de preços transparente, a partir de uma fórmula objetiva, homologada pela agência reguladora, que assegura previsibilidade e preços justos, visando um mercado mais competitivo no País", afirmou a Acelen em nota, em contraponto às críticas que a Petrobras vem sofrendo com a nova política anunciada esta semana.
Segundo especialistas, ao abandonar o PPI, a estatal abandonou também a transparência dos seus reajustes de preços.
No dia 18 de maio, o preço da gasolina na refinaria baiana era de R$ 2,64 o litro, contra R$ 2,78 no dia anterior, enquanto o diesel caiu de R$ 3,11 o litro para R$ 3,08 na mesma comparação. A partir de 17 de maio, os preços da Petrobras passaram a R$ 3,02 para o litro do diesel e R$ 2,78 para o litro da gasolina.
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