O Ibovespa perdeu força e não conseguiu sustentar a linha dos 119 mil pontos, vista até o início da tarde desta segunda-feira, 18, e que havia sido retomada na última quinta-feira, mas cedida ainda na sexta, em fechamento negativo como o desta segunda-feira. Ao fim do dia, o índice da B3 mostrava baixa de 0,40%, aos 118.288,21 pontos, em sessão na qual oscilou dos 118.122,66 (-0,53%) aos 119.485,90, saindo de abertura aos 118.758,67 pontos. O giro financeiro se manteve fraco, aos R$ 19,2 bilhões. No mês, o Ibovespa sobe 2,20% e, no ano, avança 7,79%.
Em semana de deliberações sobre juros no Brasil na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e também nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Japão, os índices de Nova York fecharam o dia em variações contidas, perto da estabilidade: Dow Jones +0,02%, S&P 500 +0,07% e Nasdaq +0,01%.
Em São Paulo, com a piora ao longo da tarde na B3, poucas ações de maior liquidez e peso conseguiram se distanciar do sinal negativo, com destaque para Petrobras (ON +1,25%, PN +0,71%) e Santander Brasil (Unit +1,84%). Vale ON caiu 1,18%.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta e o Brent chegou a se aproximar da marca de US$ 95, em novo pico no ano, o que contribuiu para que as ações da Petrobras se desgarrassem da cautela que prevaleceu na sessão. Na ponta do Ibovespa, Braskem (+5,84%), Yduqs (+4,74%), BRF (+4,35%) e Magazine Luiza (+4,03%), com Vamos (-5,66%), Totvs (-4,10%), Via (-3,95%) e Carrefour Brasil (-3,43%) no lado oposto.
"A cautela deu o tom hoje, com as decisões sobre juros, especialmente a Selic, para a qual se espera um corte de meio ponto porcentual, na quarta-feira. Mesmo com o aumento da projeção de crescimento no ano, de 2,5% para 3,2% em revisão de estimativa divulgada à tarde pelo Ministério da Fazenda, a Bolsa operou em boa parte do dia perto do zero a zero, sem grandes oscilações", diz Rafael Gamba, assessor da Blue3 Investimentos, acrescentando que a lateralização também se impôs aos DIs futuros, em leve oscilação nesta abertura de semana.
Na mesma quarta-feira, haverá a decisão do comitê de política monetária do Federal Reserve, para a qual a expectativa de consenso é de que os juros serão mantidos na faixa atual, de 5,25% a 5,50%.
"Contudo, parte do mercado parece estar acreditando que essa manutenção será temporária, uma pausa; para a reunião seguinte, está precificado que teremos mais um aumento, com pouco mais de 30% de probabilidade: valor minoritário, mas relevante", aponta em nota a Guide Investimentos.
"Para a reunião de novembro, ainda enxergamos a decisão em aberto, mas os últimos dados de mercado de trabalho e do PIB americano, que foi revisado para baixo, nos fazem apostar que o ciclo de elevação dos juros tenha de fato chegado ao fim. Esperamos que o Fed mantenha a sinalização de que os próximos passos vão depender dos dados", observa Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos.
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