A relação entre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Monetária da autarquia, Gabriel Galípolo, tem sido "colaborativa", segundo 80% dos 87 profissionais de fundos de investimentos que responderam a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira, 19. Outros 20% afirmaram que a relação tem sido "competitiva." Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Galípolo foi indicado para o BC pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva este ano. O antigo número 2 do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é visto como potencial sucessor de Campos Neto na chefia da autoridade monetária quando o mandato do atual presidente se encerrar, no fim de 2024. Conforme o levantamento, caiu de 71% para 68%, entre julho e setembro, a proporção dos profissionais do mercado que estão "muito preocupados" com a futura indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do BC. Os que se dizem "pouco preocupados" avançaram de 27% para 29%, enquanto os que dizem não estar preocupados oscilaram de 2% para 3%. A razão dos que avaliam a gestão de Campos Neto positivamente desde o começo de 2023 oscilou de 86% em julho para 85% em setembro, enquanto os que veem a gestão como regular passaram de 7% para 9%, e os que a avaliam negativamente, de 7% para 6%.
Para 80%, o BC deverá reduzir a taxa Selic de 13,25% para 12,75% na quarta-feira, 20. Outros 10% veem uma redução menor dos juros, enquanto o mesmo porcentual (10%) espera um corte maior do que 0,5 ponto. A pesquisa ouviu 87 profissionais de fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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