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Em evento paralelo ao fórum, jovens líderes refletem sobre contrastes de SP

PATRICIA PAMPLONA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Nunca se esqueçam: nós estamos aqui para servir a sociedade." Com essa mensagem, Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, encerrou o discurso de abertura do Shape Latam 2018 nesta quinta-feira (15)

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.03.2018, 19:40:00 Editado em 16.03.2018, 19:40:10
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PATRICIA PAMPLONA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Nunca se esqueçam: nós estamos aqui para servir a sociedade." Com essa mensagem, Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, encerrou o discurso de abertura do Shape Latam 2018 nesta quinta-feira (15), evento paralelo à rodada latino-americana do fórum que reúne mais de 200 Global Shapers até este sábado (17), em São Paulo.

Sob o tema "Contrastes", os jovens líderes de diferentes países da América Latina entram em contato com múltiplas iniciativas na capital paulista nesta sexta (16) e sábado.

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Para se inspirarem para os "learning journeys" e entrarem em contato com a realidade brasileira, eles ouviram as palavras de Schwab, do prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) e do presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento da Indústria), Augusto Ferreira.

Para fomentar ainda mais a liderança dos "shapers", Klaus Schwab falou sobre cinco itens que, para ele, fazem um bom líder: cérebro, alma, coração, músculos e nervos. "Não se é um bom líder se não se tem paixão pela causa", disse o professor. "Mas não é suficiente paixão, é preciso também compaixão."

Além disso, ele destacou a necessidade de se colocar as ideias em prática –usar os músculos– e a resiliência necessária para perseverar –o que para ele significa ter bons nervos.

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O líder do fórum também falou sobre a 4ª Revolução Industrial. "A tecnologia será um facilitador de como lidar com a desigualdade em geral", afirmou. Schwab ainda ponderou a necessidade de se estar bem conectado. "Criar startups virou quase um movimento de massa. São 16 mil novas empresas na China. Mas nenhuma ideia é comercialmente efetiva se não está ligada ao ecossistema."

INCENTIVO

A China citada por Schwab foi o exemplo trazido pelo prefeito da capital João Doria na celeridade de abertura de novas empresas. "Quando comecei o mandato em janeiro de 2017, eram necessários 126 dias para abrir uma empresa em São Paulo", disse o tucano. "Não gastamos US$ 1 em gestão e reduzimos para cinco dias em maio do mesmo ano."

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Como fomento ao empreendedorismo da capital, ele afirmou ainda que até janeiro de 2019 esse tempo deve ser reduzido para um dia, que é o padrão chinês. Além disso, o prefeito falou sobre as parcerias com empresas privadas e Sebrae. Para educação, Doria disse que qualquer mudança exigiria aprovação de novo currículo. "Mudar currículo educacional não é fácil, e há muita resistência."

Esse, no entanto, é o ponto-chave para que a 4ª Revolução Industrial aconteça, na opinião do presidente da ABDI, Augusto Ferreira. "Não vai existir revolução industrial se não houver a maior de todas as revoluções: a educacional." Fruto do setor privado, ele está há um ano e meio à frente da agência que trabalha transversalmente com todos os ministérios.

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Ferreira classificou a si e os jovens ali presentes como pertencentes a uma geração que só entende uma palavra: resultado. "Não acreditamos mais em discurso político." E deu um recado também para que a mudança desejada para o sistema aconteça. "Eles não abrirão as portas voluntariamente. Temos que hackear o sistema de dentro."

MARIELLE

O assassinato a tiros da vereadora Marielle Franco (PSOL) na noite de quarta (14), no Rio, permeou a abertura do Shape Latam em diferentes momentos. Com a voz embargada, Lorrana Scarpioni, fundadora da Bliive e integrante da Rede Folha e dos Global Shapers que sediam o evento em São Paulo, lembrou da luta da carioca nascida na favela da Maré. "Ela estava tentando mudar a sociedade com amor."

Já Doria afirmou que sua morte foi uma covardia. "Nada justifica a agressão. Não acredito que possamos ter democracia com violência. Podemos ter opiniões diferentes, mas isso se resolve com diálogo."

Como abertura de seu discurso, Augusto Ferreira chamou os shapers para um grande grito como demonstração de que os jovens não ficarão em silêncio. "Ela conseguiu movimentar as estruturas", disse o presidente da ABDI. "O grito é a nossa resposta aos que querem nos calar."

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