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Homens precisam parar de dar cantada, pois vão perder emprego, diz Luiza Trajano

FLAVIA LIMA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em tempos de reação global, as empresas precisam se envolver com mais intensidade no combate ao assédio moral e sexual para que os funcionários se sintam mais protegidos e, assim, trabalhem melhor. A defesa foi fei

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.03.2018, 13:35:00 Editado em 14.03.2018, 13:35:09
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FLAVIA LIMA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em tempos de reação global, as empresas precisam se envolver com mais intensidade no combate ao assédio moral e sexual para que os funcionários se sintam mais protegidos e, assim, trabalhem melhor.

A defesa foi feita por Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, em painel sobre combate a abusos no ambiente corporativo da versão latino-americana do Forúm Econômico Mundial, que ocorre nesta quarta (14), em São Paulo. “As mulheres estão decidindo até o carro para comprar. Quem decide o mercado hoje são as mulheres”, disse Trajano, reforçando a necessidade de que sejam ouvidas também no ambiente de trabalho. O Magazine Luiza tem 52% de funcionárias mulheres. “Homem foi acostumado a dar cantada, então estamos falando pra eles pararem de dar cantada se não vão perder emprego no mundo todo. Cantada não é legal.”

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Segundo Trajano, o avanço é mais rápido quando as empresas entram no movimento contra o assédio, com instrumentos como canal de denúncias e pesquisas. “E não é algo caro”, disse.

Segundo a empresária, o Magazine Luiza criou um disque denúncia há cerca de 8 meses e, entre janeiro e fevereiro deste ano, promoveu conversas sobre assédio entre líderes e subordinados dentro da varejista. Das 90 denúncias recebidas até hoje, afirmou, 30% foram feitas por homens.

Na pesquisa em que 18 mil pessoas foram ouvidas foi constatado que o assédio moral é mais claro que sexual. E que os funcionários reconhecem o assédio como “brincadeiras no ambiente de trabalho” e o rechaçam.

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A exposição indevida do funcionário e o contato físico indevido também foram apontados como algo negativo. Trajano disse que a empresa trabalha num processo educativo para trazer à tona os problemas. Medidas serão tomadas posteriormente e são inegociáveis, disse.

Presente ao painel, o vice-presidente da Western Union, Ricardo Amaral, disse que a política nas empresas têm que ser de "tolerância zero". "A política mais importante é se dar conta, não ocultar", disse Amaral.

Segundo Amaral, a empresa também monitora o fato de que há poucas mulheres em cargos diretivos e desenvolveu um processo interno para identificar mulheres de alto potencial e juntá-las para que elas avancem. Segundo ele, as empresas mais diversas têm desempenho de 15% a 25% melhor.

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Para Andrea Grobocopatel, da W20 Argentina, grupo de influência de gênero do G20, disse que os sindicatos também precisam se envolver na luta contra o assédio e a violência de gênero, em especial nas pequenas empresas.

A executiva, herdeira do grupo do setor de agronegócio Los Grobo, disse também que a inclusão das mulheres não se trata só de um direito, mas de oportunidade de tornar as companhias mais rentáveis.

ECONOMIA

Ao falar de Brasil, Trajano disse ainda que vê como algo positivo a separação dos solavancos políticos e a economia, com o dólar e os juros seguindo com relativa tranquilidade. Segundo ela, a economia começa a deixar o fundo do poço, mas é preciso ter em mente que 60% das famílias brasileiras ganham menos de R$ 2 mil por mês. “Não é possível tolerar isso”, disse. As eleições no Brasil, afirmou, vão ser um momento de maturidade, em que políticos “não vão poder fazer mais o que estavam fazendo porque o povo não vai aceitar”. Só acredito em mudanças com a união da sociedade civil”, afirmou.

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