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Bolsa segue exterior e sobe 1,6% após dado de emprego nos EUA

DANIELLE BRANT SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um dia após cair sob o peso de Vale e das siderúrgicas em meio às turbulências provocadas pela confirmação das tarifas ao aço e alumínio nos Estados Unidos, a Bolsa brasileira conseguiu recuperar as perdas e fec

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.03.2018, 19:30:00 Editado em 09.03.2018, 19:30:09
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DANIELLE BRANT

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um dia após cair sob o peso de Vale e das siderúrgicas em meio às turbulências provocadas pela confirmação das tarifas ao aço e alumínio nos Estados Unidos, a Bolsa brasileira conseguiu recuperar as perdas e fechar a semana no azul. O dólar recuou para R$ 3,25 com dados de emprego nos EU

O Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas do mercado brasileiro, subiu 1,63%, para 86.371 pontos. Na semana, a alta foi de 0,71%. O volume financeiro no dia foi de R$ 11,3 bilhões, enquanto a média diária de março está em R$ 11 bilhões.

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O dólar comercial fechou em queda de 0,39%, para R$ 3,252. O dólar à vista recuou 0,21%, para R$ 3,254. Na semana, ambos ficaram praticamente estáveis.

A sessão foi de recuperação no mercado brasileiro, principalmente após a divulgação do dado de mercado de trabalho nos Estados Unidos. Segundo o Departamento do Trabalho americano, foram criadas 313 mil vagas no país em fevereiro, o maior aumento em mais de um ano. O número superou as estimativas de analistas.

A taxa de desemprego se manteve em 4,1%, enquanto os analistas esperavam uma leve queda, para 4%. 

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Por outro lado, a renda média por hora aumentou 0,1%, para US$ 26,75 em fevereiro, uma desaceleração da alta de 0,3% em janeiro. Isso diminuiu o aumento na base anual para 2,6%, contra 2,8% em janeiro.

"O mercado de trabalho não gera uma pressão inflacionária que poderia provocar aceleração do ritmo de alta dos juros. Não se sabe se vai continuar crescendo, mas enquanto não houver sinais claros de que a inflação vai acelerar, o mercado diminui as apostas de mais altas de juros nos EUA", afirma Mauricio Nakahodo, economista do MUFG no Brasil -holding do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil.

Isso deve conter a atratividade do rendimento dos títulos de dívida pública com vencimento em dez anos, o que ajuda a enxugar dinheiro do mercado acionário e dos países emergentes. A projeção do mercado é de três a quatro altas de juros nos EUA. Para a reunião de março do Federal Reserve (Fed, banco central americano), a probabilidade de aumento dos juros está em 84%.

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Aqui, os investidores acompanharam também a inflação de fevereiro, que avançou 0,32%, a menor taxa para o mês desde 2000. A queda no preço dos alimentos compensou parte da alta de educação.

"O índice veio abaixo do esperado, com a boa safra agrícola diminuindo pressão sobre preços de alimentos. Isso deve dar força para que o Banco Central reduza a taxa básica de juros para 6,5% na reunião de março. Como a inflação veio mais comportada, dá suporte a essa visão", ressalta Nakahodo.

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AÇÕES

Na Bolsa, o dia foi de recuperação da maior parte das ações afetadas por turbulências ao longo da semana.

Os frigoríficos, que caíram após Pedro Faria, ex-presidente da BRF, ser preso na Operação Trapaça, desdobramento da Operação Carne Fraca, fecharam o dia em alta. Faria foi solto nesta sexta.

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As ações da BRF subiram 6,11% nesta sexta -na segunda, desabaram quase 20%. A JBS subiu 4,49%, a Marfrig se valorizou 3,99% e a Minerva, fora do Ibovespa, subiu 1,85%.

As siderúrgicas também se recuperaram nesta sexta, depois de serem duramente atingidas pelo anúncio de que os Estados Unidos imporiam tarifas ao aço e alumínio importado.

A CSN, que caiu 5,08% na quinta, subiu 3,96% nesta sessão. A Usiminas avançou 1,36%, e a Gerdau se valorizou 0,62%. A Metalúrgica Gerdau recuou 0,53%.   A mineradora Vale teve alta de 1,54%, para R$ 42,10, apesar de nova queda dos preços do minério de ferro.

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As ações da Petrobras fecharam em alta, com o petróleo subindo sob a influência dos dados de mercado de trabalho americano. Os papéis preferenciais subiram 3,18%, para R$ 22,39. As ações ordinárias se valorizaram 2,61%, para R$ 24.

No setor financeiro, o Itaú Unibanco subiu 1,38%. As ações preferenciais do Bradesco avançaram 2,14%, e as ordinárias se valorizaram 2,32%. O Banco do Brasil teve ganho de 0,67%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil subiram 1,01%.

CÂMBIO

O dólar perdeu força ante 21 das 31 principais moedas do mundo.

O Banco Central ainda não anunciou intervenção no mercado cambial. Em abril, vencem US$ 9,029 bilhões em swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro).

O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) caiu 3,57%, para 146,6 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados tiveram queda. O DI para abril deste ano caiu de 6,563% para 6,555%. O DI para janeiro de 2019 caiu de 6,455% para 6,435%.

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