JULIO WIZIACK E FÁBIO FABRINI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Caixa se comprometeu com o TCU (Tribunal de Contas da União) a baixar uma regra que proíbe funcionários do banco de participarem do conselho de empresas que receberem recursos do FGTS.
Os auditores apontaram risco de conflitos de interesse porque não existe regra no banco impedindo que funcionários que participaram da tomada decisões dos investimentos assumam assentos no conselho das empresas beneficiadas com aportes.
Assim, o banco decidiu vetar por três anos que seus funcionários participem de qualquer conselho de administração ou fiscal de empresas que receberem recursos do FGTS.
A instituição financeira entende que passado esse período não há risco de conflitos de interesse porque a empresa já teria implementado seu projeto.
sete brasil
Um exemplo de conflito do gênero ocorreu com a Sete Brasil -empresa investigava na Lava Jato que administrava a construção de sondas para o pré-sal e hoje tenta sair da recuperação judicial.
O FI-FGTS era sócio da Sete, que também recebeu empréstimos da Caixa. O representante do fundo no conselho da empresa era também um executivo do banco. Na prática, ele tinha informações sensíveis que afetariam tanto o acionista (FGTS) quanto a própria instituição financeira, a Caixa.
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