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Bolsa cai sob peso de Petrobras e com novo recuo de BRF e frigoríficos

DANIELLE BRANT SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As ações de processadoras de alimentos voltaram a cair nesta terça-feira (6), com destaque para a Minerva, que despencou 6,45% após ter prejuízo em 2017 e pelo contágio da nova fase da Operação Carne Fraca. A qu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.03.2018, 19:25:00 Editado em 06.03.2018, 19:25:10
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DANIELLE BRANT

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As ações de processadoras de alimentos voltaram a cair nesta terça-feira (6), com destaque para a Minerva, que despencou 6,45% após ter prejuízo em 2017 e pelo contágio da nova fase da Operação Carne Fraca. A queda pressionou a Bolsa brasileira, enquanto o dólar caiu 1%, em linha com o exterior.

O Ibovespa, das ações mais negociadas, fechou em baixa de 0,43%, para 85.653 pontos. O volume financeiro foi de R$ 10,97 bilhões, contra média diária de R$ 10,7 bilhões no ano.

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O dólar comercial teve queda de 1,16%, para R$ 3,211. O dólar à vista, que fecha mais cedo, recuou 1,22%, para R$ 3,212.

A sessão foi de nova queda dos papéis de processadoras de alimentos, um dia após a BRF perder R$ 5 bilhões em valor de mercado na segunda-feira. As ações da empresa recuaram 2,46% nesta terça. A JBS teve queda de 0,42%, e a Marfrig recuou 4,31%. 

A Minerva, fora do índice Ibovespa, fechou em baixa de 6,45%, para R$ 8,7. Nos dois dias de queda, a empresa perdeu R$ 147 milhões em valor de mercado.

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Além do contágio pela nova fase da Carne Fraca, pesou também o resultado ruim da companhia em 2017. A Minerva registrou prejuízo líquido de R$ 280,9 milhões, ante lucro de R$ 195 milhões em 2016.

"Há todo esse reflexo de BRF também, com o setor sendo penalizado pelo segundo dia, mas a queda foi principalmente pelo resultado. A empresa tem um resultado operacional interessante, mas está bastante alavancada e sem uma sinalização de que pode se desalavancar rapidamente", avalia Mário Roberto Mariante, analista chefe da Planner Corretora.

Pesou também a queda das ações da Petrobras, em dia sem sinal definido nos preços do petróleo no exterior. As ações mais negociadas da estatal recuaram 0,99%, para R$ 21,90. Os papéis ordinários caíram 0,67%, para R$ 23,68.

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A queda ocorreu também em meio a declarações do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) de que o governo estaria discutindo com a Petrobras uma nova política de preços -o que foi negado pela petrolífera depois, em nota.

JULGAMENTO

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Os investidores avaliaram ainda o julgamento, no STJ (Superior Tribunal de Justiça), do pedido de habeas corpus preventivo pedido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para evitar sua prisão antes de esgotados todos os recursos no caso do tríplex em Guarujá (SP). Os cinco ministros negaram o pedido.

"Diminui a chance de Lula concorrer. O mercado começa a fazer uma leitura do que seria um cenário sem ele na frente. A partir de março é isso que a gente vai ver, a política dominando o noticiário, com muita volatilidade", afirma Mariante.

O dia foi melhor para as ações da Usiminas e da CSN, que foram bastante atingidas pelo anúncio dos Estados Unidos de que iriam adotar tarifas à importação de aço e alumínio. 

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A CSN terminou estável, enquanto a Usiminas subiu 4,13%. Ainda assim, ambas ainda acumulam perda de R$ 1,24 bilhão em valor de mercado desde 1º de março, quando o anúncio ocorreu.

A Gerdau, que foi menos afetada pelo anúncio por ter fatia da receita no exterior, recuou 4,39%. A metalúrgica Gerdau teve baixa de 3,16%.

Das 64 ações do Ibovespa, 47 caíram, 16 subiram e uma fechou estável.

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A mineradora Vale caiu 0,48%, para R$ 43,49. 

No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco caiu 0,36%. As ações preferenciais do Bradesco subiram 0,18%, e as ordinárias avançaram 1,05%. O Banco do Brasil se valorizou 2,21%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil caíram 0,87%.

CÂMBIO

A queda do dólar no Brasil acompanhou a desvalorização da moeda americana no exterior. O dólar caiu ante 23 das 31 principais divisas do mundo.

O Banco Central não anunciou intervenção no mercado cambial nesta sessão. Em abril, vencem US$ 9,029 bilhões em swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro).

O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) caiu 1,7%, para 150,4 pontos, no terceiro dia de queda.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados tiveram queda. O DI para abril deste ano caiu de 6,578% para 6,574%. O DI para janeiro de 2019 caiu de 6,465% para 6,460%.

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