SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevedo, disse nesta sexta-feira (2) que a OMC está preocupada com o anúncio dos planos dos Estados Unidos sobre tarifas de aço e alumínio.
O presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta quinta que seu governo vai impor tarifas de importação de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio, na próxima semana.
O Brasil está entre os países que mais devem ser afetados: é o segundo maior exportador de aço aos EUA, atrás apenas do Canadá. No ano passado, a receita somou US$ 2,63 bilhões (cerca de R$ 8,5 bilhões).
Azevedo, que é brasileiro, disse que uma guerra comercial não é de interesse de ninguém e que a OMC vai observar a situação de perto.
O governo brasileiro recebeu o anúncio de Trump com preocupação e disse que não descarta ações multilaterais para preservar os interesses do país, segundo o Ministério da Indústria e Comércio Exterior. É uma loucura; é uma tarifa extremamente alta e, com certeza, inviabiliza nossas exportações para lá, afirmou Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil.
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