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Em cinco anos, dobra o número de pessoas que desistem de procurar emprego

DANIEL CAMARGOS SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O número de pessoas que perderam a expectativa de conseguir um emprego e desistiram de procurar uma vaga de trabalho — chamados pelo IBGE de desalentados — dobrou nos últimos cinco anos. Segundo dados da PNAD

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2018, 12:55:00 Editado em 23.02.2018, 12:55:11
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DANIEL CAMARGOS

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O número de pessoas que perderam a expectativa de conseguir um emprego e desistiram de procurar uma vaga de trabalho — chamados pelo IBGE de desalentados — dobrou nos últimos cinco anos.

Segundo dados da PNAD Contínua, divulgada nesta sexta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o total de pessoas em desalento chegou a 4,3 milhões de pessoas no final de 2017.

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Esse é maior número já registrado desde o início da série histórica, em 2012, quando 1,9 milhão eram considerados desalentadas. No fim de 2016 o número era de 3,8 milhões.

A população desalentada é, segundo o IBGE, aquela fora da força de trabalho por não conseguir trabalho, não ter experiência, ser muito jovem ou idosa ou ainda não ter encontrado trabalho na localidade. Se tivessem conseguido trabalho, eles estariam disponíveis para assumir a vaga.

"A causa disso pode ser o ambiente econômico, que coloca muita gente na rua desempregada e desestimula a procura por emprego", afirmou o coordenador do IBGE, Cimar Azeredo.

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A taxa de desalento no no final de 2017 representava 3,9% da força de trabalho ampliada do Brasil. Do total nacional, 59,7% estavam no Nordeste (2,6 milhões de pessoas). Entre os Estados, os maiores contingentes estão na Bahia (663 mil) e Maranhão (410 mil).

"Você tem concentração grande de desempregados no Nordeste. A falta de oportunidade é maior lá", afirmou Azeredo, acrescentando que, na região, há também os maiores índices de pobreza e analfabetismo.

SUBEMPREGO

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O Brasil terminou o ano passado com 26,4 milhões de subempregados. A taxa de subutilização no quarto trimestre foi de 23,6% o que representou uma queda na comparação com o trimestre anterior (23,9%) e um aumento ante o quarto trimestre de 2016 (22,2%).

A taxa de subutilização do trabalho considera os desocupados, subocupados que trabalham menos de 40 horas semanais e os que fazem parte da força de trabalho potencial.

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Na média anual, a taxa de subutilização da força de trabalho foi de 23,8% em 2017, o que corresponde a 26,5 milhões de pessoas.

Os estados que apresentaram as maiores taxas de subutilização da força de trabalho no quarto trimestre foram: Piauí (40,7%). Bahia (37,7%), Alagoas (36,5%) e Maranhão (35,8%). As menores ficaram em Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (14,3%), Rio Grande do Sul (15,5%) e Rondônia (15,8%).

Em 2017, a taxa desemprego no país fechou o último trimestre de 2017 em 11,8%. Com isso, a taxa média anual passou de 11,5% em 2016 para 12,7% em 2017, a maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

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COR

A participação da população preta no contingente de pessoas desocupadas aumentou de 9,6% em 2012 para 11,9% em 2017.

O contingente de desocupados no Brasil era de 6,7 milhões de pessoas em 2012 e em 2017 subiu para 12,3 milhões. Em 2012, os pardos representavam 52,4%; seguido dos brancos com 37,5% e dos pretos com 9,6%. No quarto trimestre de 2017, a participação dos pardos caiu para 51,9%; a dos brancos reduziu para 35,6% e dos pretos subiu para 11,9%.

NORTE

Apenas a Região Norte apresentou expansão do emprego com carteira de trabalho assinada na iniciativa privada. O crescimento, na comparação com o quarto trimestre do ano anterior, foi de 59,4% para 61%.

No quarto trimestre de 2017, 75% dos empregados do setor privado (exceto trabalhadores domésticos) tinham carteira de trabalho assinada, 1,4 ponto percentual a menos que no 4º trimestre de 2016.

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