ANAÏS FERNANDES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após três anos em queda, o mercado de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo reagiu e cresceu em 2017, impulsionado pelo segmento econômico.
Foram 28,7 mil unidades lançadas, alta de 48% em relação a 2016, informou nesta terça (20) o Secovi-SP (sindicado do mercado imobiliário). As vendas subiram 46%, com 23,6 mil apartamentos comercializados.
Oferta e demanda se concentraram em unidades de dois quartos, menos de 45 metros quadrados e de até R$ 240 mil. Além disso, a participação do MCMV (Minha Casa Minha Vida) nos lançamentos passou de 23% em 2016 para 36% em 2017.
Neste ano, porém, o Secovi estima que o número de unidades lançadas ficará estável, "porque não sabemos se conseguiremos aprovar tantos projetos do MCMV", disse Celso Petrucci, economista-chefe do sindicato. A expectativa é que as vendas cresçam de 5% a 10%.
O Ministério das Cidades anunciou uma meta de contratação de 650 mil unidades dentro do MCMV para 2018, mas disse que ainda não é possível determinar a segmentação por Estado.
O balanço do Secovi mostrou ainda estabilidade do valor médio do metro quadrado lançado na comparação anual, avaliado em R$ 8.700. A queda do preço real (corrigido pelo INCC), no entanto, desacelerou, recuando 4,4% em 2017, ante queda anterior de 7,3%.
Segundo Petrucci, essa curva pode se reverter até o terceiro trimestre de 2018. "Aí poderemos ter a volta do aumento real do preço", diz.
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