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Turbulência no mercado financeiro gera dúvidas sobre como aplicar dinheiro

DANIELLE BRANT SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A turbulência vivenciada pelo mercado financeiro nas últimas seis sessões colocou os investidores diante de um dilema: a renda fixa paga pouco, mas a Bolsa está dando muita emoção para quem busca, aos poucos, mi

Da Redação

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Publicado em 12.02.2018, 06:00:00 Editado em 12.02.2018, 06:00:09
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DANIELLE BRANT

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A turbulência vivenciada pelo mercado financeiro nas últimas seis sessões colocou os investidores diante de um dilema: a renda fixa paga pouco, mas a Bolsa está dando muita emoção para quem busca, aos poucos, migrar para o mundo das ações em troca de ganho maior.

Não há uma receita que se aplique a todos os investidores. Mas a diversificação dos investimentos acaba sendo a recomendação principal.

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"O ponto principal é manter uma carteira diversificada. Alinhar os objetivos para cada investimento [compra da casa própria, viagem ao exterior], conhecer seu perfil de risco [mais conservador, moderado ou arrojado] e montar uma carteira que inclua todos esses fatores", afirma Vinicius Maeda, diretor da plataforma Magnetis.

Isso significa dividir o dinheiro entre alternativas conservadoras, como poupança e renda fixa, mas também colocar uma parte dos recursos em ações ou fundos multimercados.

Confira, abaixo, orientações para quem quer colocar o dinheiro em poupança, renda fixa ou em ações.

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poupança

A caderneta é uma das aplicações mais procuradas pelos brasileiros. Mas, com o juro básico a 6,75% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais TR (Taxa Referencial). Em fevereiro, isso significa um rendimento de 0,399%.

"O dinheiro da poupança é aquele para emergência e para situações que exigem facilidade de resgate. Mas, se tiver algum recurso que possa contar com um horizonte superior a 12 meses, vale migrar da caderneta", afirma André Diz, professor de economia do Ibmec/SP.

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RENDA FIXA

A renda fixa acaba sendo um dos destinos naturais de quem tem pouco sangue frio para tolerar as oscilações do mercado acionário.

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Mas, também como efeito da queda da taxa básica de juros, a rentabilidade dos produtos conservadores está bem aquém dos dois dígitos registrados até o fim de 2016. Em alguns casos, lembra Vinicius Maeda, da Magnetis, podem render menos que a poupança, após o desconto do Imposto de Renda.

"O investidor com pouco dinheiro tem à disposição apenas papéis com retorno baixo, como CDBs que remuneram 80% do CDI e que, após o IR, rendem menos que a poupança", afirma.

Se quiser um retorno maior, o investidor terá que se arriscar mais. Isso significa comprar CDBs ou outros produtos emitidos por bancos menores, que remuneram mais para compensar o risco de quebra.

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Papéis isentos de IR, como LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio, respectivamente), são opções, mas podem ser difíceis de encontrar no mercado.

AÇÕES

Quem comprou ações aproveitando a valorização dos papéis da Bolsa de São Paulo até o início do ano deve manter a calma, de acordo com Francisco Levy, diretor da associação Planejar, de planejadores financeiros.

Mas o investidor que quer começar comprar papéis pode aproveitar as quedas recentes do mercado, diz.

"A Bolsa vai ter uma realização, o que é uma oportunidade de entrada, pois está com um preço menor que antes", afirma. A perspectiva de retomada da economia deve impulsionar os lucros de empresas e contribuir para a valorização da Bolsa neste ano. É preciso ter cuidado, porém. Não se deve descartar o risco eleitoral, que deve provocar novas oscilações no mercado, especialmente mais para o segundo semestre do ano, conforme a disputa fica mais clara em torno dos candidatos mais fortes.

Aqueles que não quiserem entrar diretamente na Bolsa podem fazer a transição via fundos multimercados, complementa Levy. Eles costumam ter uma parte da carteira em renda fixa, mas com liberdade para comprar ações, juros e moeda, por exemplo.

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