RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (8) corte de 3% no preço da gasolina, o maior desde o dia 17 de novembro. O preço do diesel também será reduzido, em 2,6%, a maior queda desde o dia 2 de dezembro.
Os cortes foram anunciados um dia após o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Moreira Franco, acusar supostos cartéis de segurar os repasses das quedas de preços ao consumidor final.
O ministro disse à Reuters que encaminhou nesta quinta solicitação ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para investigar o tema. A Petrobras é responsável por cerca de 30% do preço final -o restante são impostos e margens de postos e distribuidoras.
"Não podemos assistir de mãos atadas à atuação cartelizada das corporações do setor em prejuízo da população", disse Moreira Franco na quarta, no Twitter.
Também na quarta, a Petrobras anunciou uma mudança na política de divulgação dos preços, que prevê a publicação diária do valor de venda nas refinarias em reais por litro, e não do percentual de reajuste.
Desde o início de julho, quando a estatal iniciou nova política de preços com reajustes diários, a gasolina subiu 20% nas bombas. Já o diesel teve alta de 14,8%, de acordo com dados da ANP.
Os reajustes são definidos de acordo com a variação das cotações internacionais dos combustíveis e do câmbio.
A estatal passou a mexer nos preços diariamente para tentar enfrentar a competição com importações de empresas privadas.
Nesta quinta, o preço do petróleo Brent, negociado em Londres, atingiu o menor valor desde o fim de dezembro, fechando a US$ 64,81 por barril, diante de expectativas sobre aumento da produção nos Estados Unidos.
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